Há mais ou menos um mês eu tive um insight, decidi que vou fazer meu blog um blog de reclamações. E sério, como eu não pensei nisso antes? Só não dei seguimento ainda, porque estava sem computador...
Mas, de verdade, qual o meu problema? Eu coloco na descrição que sou profissional em reclamar e estou aqui nesse mundo há 28 anos desperdiçando esse dom?!
Eu até já fiz uma lista mental de assuntos que eu preciso reclamar e só isso já é revigorante!
Todo ano eu tento pensar num assunto pra focar no meu blog, e é isso! Estou desapontada comigo mesma por não ter pensado nisso antes!
Então estou aqui, com o notebook recentemente formatado avisando que vou mudar o nome do meu blog pra "Lorraine Reclama".
Beijos e até já!
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
terça-feira, 19 de julho de 2016
Coisas que eu queria que vocês soubessem (cabelo curto)
Cortei o cabelo recentemente, estava bem comprido e num súbito de impulsividade, peguei a tesoura e cortei. E como adorei fazer aqueles textos de "coisas que eu queria que você soubesse", resolvi fazer um desse agora.
Sim, eu cortei sozinha, na verdade, mais ou menos. Foi assim, tem todo um contexto, eu tinha acabado de voltar da aula de pole (ou seja, estava exausta) e era dia de retocar o cabelo... Me olhei no espelho e pensei "seria mais fácil se ele fosse curto", então eu prendi em dois rabos baixos pra frente, meio caipira e fiquei uns segundos parada em frente ao espelho, falando comigo mesma: Além de ser mais rápido pra retocar, meu cabelo estava comprido demais e meio sem graça, ficava legaal com cachos nas pontas, sim, mas eu tenho cabelo liso, e esses cachos davam certo trabalho... Então fui até a suite dos meus pais e peguei a "tesoura especial de cortar cabelo" do meu pai.
Parei novamente em frente ao espelho, ainda preso dividido no meio pra frente e... Cortei, logo acima de onde estavam os elásticos.
Aí dramaticamente postei foto desses tufos no facebook dizendo "tirei pra lavar", o que não deixa de ser verdade, porque eu tirei e fui lavar pra fazer os retoques! haha
Aí depois tive que pedir ajudinha da minha irmã pra arrumar a parte de tráz, porque eu queria levemente mais comprido da frente e curto atrás e, apesar de eu amar cortar meu cabelo sozinha (sério, tentem, é extremamente terapêutico), simplesmente era impossível cortar a parte de tráz sem ajuda, acho que por isso seres humanos são seres sociais: Porque tem coisas que simplesmente não conseguimos fazer sozinhos! ahhaha
E simmm, eu me arrenpendi por alguns segundos com os tufos nas mãos. "Meu deus, o que eu fiz". Depois eu me amei novamente, porque obviamente que fiquei linda, como sempre (:p)...... E não era opção, ou eu gostava, ou eu aprendia a gostar, porque não dava pra colar de volta! hahaha
De fato, foi mais fácil pra retocar, mas contradizendo os ditos populares: não, não é mais fácil de arrumar. Se ele está armado, parece que você está de capacete, se ele está bagunçado, não tem como você prender tudo num coque...
Ponto positivo: a gente gasta menos xampu, menos condicionador, menos creme de hidratação, menos tempo com o secador.
Ponto negativo: (que eu não esperava por sinal) a raiz aparece com mais facilidade, o que é um saco, já que meu cabelo cresce muito rápido. Ou seja, estou seriamente pensando em deixar meio preto meio vermelho e demorar pra retocar e foda-se se alguém achar feio (rs) porque ninguém vai comprar água oxigenada, pó descolorante e tinta pra mim.
Mais ponto positivo: vontade de usar acessórios. estou parecendo a branca de neve <3 e ninguém percebe que minha franja está uma caco porque ela se mistura com a parte da frente comprida! hehe
No mais: Estou amando meu cabelo e me amando consequentemente. Alias, lição: se ame independente do comprimento do seu cabelo.
Sim, eu cortei sozinha, na verdade, mais ou menos. Foi assim, tem todo um contexto, eu tinha acabado de voltar da aula de pole (ou seja, estava exausta) e era dia de retocar o cabelo... Me olhei no espelho e pensei "seria mais fácil se ele fosse curto", então eu prendi em dois rabos baixos pra frente, meio caipira e fiquei uns segundos parada em frente ao espelho, falando comigo mesma: Além de ser mais rápido pra retocar, meu cabelo estava comprido demais e meio sem graça, ficava legaal com cachos nas pontas, sim, mas eu tenho cabelo liso, e esses cachos davam certo trabalho... Então fui até a suite dos meus pais e peguei a "tesoura especial de cortar cabelo" do meu pai.
Parei novamente em frente ao espelho, ainda preso dividido no meio pra frente e... Cortei, logo acima de onde estavam os elásticos.
Aí dramaticamente postei foto desses tufos no facebook dizendo "tirei pra lavar", o que não deixa de ser verdade, porque eu tirei e fui lavar pra fazer os retoques! haha
Aí depois tive que pedir ajudinha da minha irmã pra arrumar a parte de tráz, porque eu queria levemente mais comprido da frente e curto atrás e, apesar de eu amar cortar meu cabelo sozinha (sério, tentem, é extremamente terapêutico), simplesmente era impossível cortar a parte de tráz sem ajuda, acho que por isso seres humanos são seres sociais: Porque tem coisas que simplesmente não conseguimos fazer sozinhos! ahhaha
E simmm, eu me arrenpendi por alguns segundos com os tufos nas mãos. "Meu deus, o que eu fiz". Depois eu me amei novamente, porque obviamente que fiquei linda, como sempre (:p)...... E não era opção, ou eu gostava, ou eu aprendia a gostar, porque não dava pra colar de volta! hahaha
De fato, foi mais fácil pra retocar, mas contradizendo os ditos populares: não, não é mais fácil de arrumar. Se ele está armado, parece que você está de capacete, se ele está bagunçado, não tem como você prender tudo num coque...
Ponto positivo: a gente gasta menos xampu, menos condicionador, menos creme de hidratação, menos tempo com o secador.
Ponto negativo: (que eu não esperava por sinal) a raiz aparece com mais facilidade, o que é um saco, já que meu cabelo cresce muito rápido. Ou seja, estou seriamente pensando em deixar meio preto meio vermelho e demorar pra retocar e foda-se se alguém achar feio (rs) porque ninguém vai comprar água oxigenada, pó descolorante e tinta pra mim.
Mais ponto positivo: vontade de usar acessórios. estou parecendo a branca de neve <3 e ninguém percebe que minha franja está uma caco porque ela se mistura com a parte da frente comprida! hehe
No mais: Estou amando meu cabelo e me amando consequentemente. Alias, lição: se ame independente do comprimento do seu cabelo.
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Uma conversa "muito importante"
Estou de férias, não que eu quisesse pegar férias, porque a porcaria da prefeitura não está pagando as férias, mas esses eram resquícios do ano passado e eu estava muito incomodada com os meus últimos dias no trabalho.
Então, outro dia recebi um comentário no meu Facebook que eu tenho certeza que é pra fazer fofoca, e mais certeza ainda de pra quem é. Dei risada internamente, porque nesses momentos eu me sinto uma web celebrity, porque gente que eu não tenho uma conversa por mais de cinco minutos há pelo menos dois anos vem querer saber da minha vida; obviamente porque eu devo ser muito legal e importante (plaquinha de ironia).
O negócio é o seguinte, eu dou risada com essas situações quando partem de pessoas infantis e que eu estou acostumada a lidar (ou a simplesmente ignorar); mas aí nos meus últimos 15 dias de trabalho aconteceram uma situações bastante constrangedoras... Fui chamada pela gestão para conversar sobre "um assunto muito sério", chegando lá, pra minha surpresa, o assunto sério era... uma conversa de whatsapp.................................
Sério. Alguém imprimiu uma conversa de whatsapp num grupo, no qual eu falava sobre umas situações do trabalho, tudo bem, eu usei palavras duras e falei mal da gestão (coisa que eu faço diariamente), mas achei absurdamente constrangedor ter sido chamada na sala da gestão pra ouvir que as pessoas estão chateadas por coisas que eu falei.
Olha, só vai tomar no c*. Sério, eu falo o que eu quiser na porcaria do whatsapp, ainda mais porque não falei nada (delas) que fosse mentira. Eu não vou puxar saco, alias, nunca puxei, e não faço a mínima questão que gente em cargo puramente político, que não tem capacidade pra estar na base, goste de mim. Ou que, no mínimo, simpatize comigo. Eu to cagando pra vocês, sério.
Foi muito ridículo ter sido chamada numa sala pra conversar por causa de conversa no whatsapp. Com milhões de coisas pra resolver, o serviço caindo aos pedaços, o que elas se importam é com o que eu falo ou deixo falar, alias, criticar, por um aplicativo de conversas? Faça-me o favor. Vão arranjar trabalho, porque claramente não tem muito o que fazer na gestão.
Então, outro dia recebi um comentário no meu Facebook que eu tenho certeza que é pra fazer fofoca, e mais certeza ainda de pra quem é. Dei risada internamente, porque nesses momentos eu me sinto uma web celebrity, porque gente que eu não tenho uma conversa por mais de cinco minutos há pelo menos dois anos vem querer saber da minha vida; obviamente porque eu devo ser muito legal e importante (plaquinha de ironia).
O negócio é o seguinte, eu dou risada com essas situações quando partem de pessoas infantis e que eu estou acostumada a lidar (ou a simplesmente ignorar); mas aí nos meus últimos 15 dias de trabalho aconteceram uma situações bastante constrangedoras... Fui chamada pela gestão para conversar sobre "um assunto muito sério", chegando lá, pra minha surpresa, o assunto sério era... uma conversa de whatsapp.................................
Sério. Alguém imprimiu uma conversa de whatsapp num grupo, no qual eu falava sobre umas situações do trabalho, tudo bem, eu usei palavras duras e falei mal da gestão (coisa que eu faço diariamente), mas achei absurdamente constrangedor ter sido chamada na sala da gestão pra ouvir que as pessoas estão chateadas por coisas que eu falei.
Olha, só vai tomar no c*. Sério, eu falo o que eu quiser na porcaria do whatsapp, ainda mais porque não falei nada (delas) que fosse mentira. Eu não vou puxar saco, alias, nunca puxei, e não faço a mínima questão que gente em cargo puramente político, que não tem capacidade pra estar na base, goste de mim. Ou que, no mínimo, simpatize comigo. Eu to cagando pra vocês, sério.
Foi muito ridículo ter sido chamada numa sala pra conversar por causa de conversa no whatsapp. Com milhões de coisas pra resolver, o serviço caindo aos pedaços, o que elas se importam é com o que eu falo ou deixo falar, alias, criticar, por um aplicativo de conversas? Faça-me o favor. Vão arranjar trabalho, porque claramente não tem muito o que fazer na gestão.
terça-feira, 28 de junho de 2016
David e o pacote de bolachas
Já falei mil vezes que trabalho em serviço de acolhimento, que são os atigos abrigos, e os casos de lá geralmente são bastante complicados, com vínculo familiar rompido, história de abuso ou de negligência. Vim pra área social preparada pra isso, mas vou ser sincera, tem alguns casos que eu me apego mais que os outros. E hoje eu ganhei um pacote de bolachas! (Já vai fazer sentido)
Bom, foi assim, ano passado, do meio do ano pro final, tivemos diversos problemas operacionais e financeiros e a prefeitura cortou vários serviços (que nem poderia cortar, mas aí já é outra história), e um deles foi a abordagem social.
Abordagem social é aquele serviço itinerante de pessoas que trabalham com os moradores de rua, e um dos primeiros casos que discutimos foi o de David (obviamente, como sempre, nome fictício). Quando uma amiga me falou sobre o caso dele, eu sequer sabia que a cidade tinha contratado um novo serviço de abordagem social... E essa amiga me falou sobre o caso do David, que era alcoolista, que passava mal na rua de tanto beber e queria ajuda para sair dessa vida.
Não entrando em muitos detalhes, como se tratou do primeiro caso e as tratativas ainda estavam meio bagunçadas, o caso não teve os encaminhamentos da maneira correta, de qualquer forma, David pareceu uma pessoa educada e amável, no pouco que conseguimos conversar, ele tinha contado que estava na cidade há algum tempo e que estava lutando contra o vício do álcool; tínhamos combinado que ele poderia sair pra beber um pouco caso a abstinência fosse muita, mas que não poderia chegar alcoolizado, pois os funcionários do serviço eram muito rígidos. E que nesse meio tempo, iriamos providenciar sua certidão de nascimento e RG para iniciar o tratamento.
Por alguma falta de comunicação, os funcionários do equipamento entenderam que David não tinha liberdade pra sair da casa, o que, pra ser sincera, me irritou bastante posteriomente, pois a priori, todos podem sair da casa, são excessões as vítimas de violência domêstica antes de conseguir medida protetiva e os que estão em algum tratamento que exija monitoramento por causa de medicação forte. Nenhum desses era o caso de David, portanto poderia sair. Contudo, negaram sua saída, e ele, na forte abstinência pulou o muro e fugiu da casa...
Eu e a equipe ficamos bastante chateadas, pois tinhamos conseguido sua certidão e agendado dia para conseguir a segunda via de seu RG para darmos o encaminhamento para o tratamento que ele tanto queria. Por alguns dias ficamos sem notícias dele, até que ficamos sabendo que ele estava internado no hospital da cidade, com o braço quebrado pois havia caído de uma árvore!
Fizemos as tratativas necessárias e, quando teve alta, voltou para nós. Assim que retornou, atendemos David e fizemos um novo plano de atendimento, de maneira séria dissemos que ele tinha que ter paciência e quando precisasse e quisesse sair, podia nos ligar, e não precisava pular o muro.
David, por sua vez, nos contou sua história de vida, contou que foi órfão, criado em abrigos desde pequeno, depois conseguiu morar numa pensão, trabalhar e morar com uma companheira e teve um filho, que perdeu o contato. Era andarilho e acabou gostando de morar nas ruas de São Vicente. Ainda estava com o braço engessado e não tinha movimento nas mãos, então teve que aprender a ter paciência, esperar o braço melhorar minimamente para dar continuidade ao seu plano de atendimento.
Assim que recuperou minimamente os movimentos da mão, agendamos segunda via de seu RG. Enquanto isso, não saia da casa. O processo demorou por volta de um mês, um mês e meio. Nas últimas duas semanas, David pediu pra sair, disse que precisava sair da casa e prometeu que não iria beber. Porém teve uma recaída. Pediu desculpas e ficou na casa por mais ou menos uma semana sem sair, até que novameeeente, diz que precisa sair e promete novameeeente que não vai beber. Adivinha? Bebeu. Chegou alcoolizado na casa, com forte cheiro de álcool. Como ainda não deu início ao tratamento, perdoamos.
Então na sexta-feira, David vem falar comigo:
- Assistente, sabe se meu RG está pronto?
- David, não sou assistente social, sou psicóloga! - e sorrio, ele sempre confunde - Mas sim, está pronto, é que estamos sem vale transporte para ir buscar.
- Mas eu posso ir buscar, peço carona no ônibus.
- Hum, acho melhor ir acompanhado. Vou entrar em contato com o Centro Pop e ver o que consigo.
David concordou e saiu da sala. Falei com os técnicos do centro pop que disseram que não havia vale transporte, mas que um motorista iria a Santos fazer um serviço e poderia levá-lo. Contei do receio de recaídas, e a coordenadora me garantiu que o carro esperaria ele do lado de fora do poupatempo e eles retornariam juntos. Sendo assim, chamei David e contei da notícia.
- Obrigada Lorrana.. Lorrena... ai não sei falar seu nome.
- É Lorraine, mas não tem problema! Fique pronto que por volta das 14hs um carro virá buscá-lo.
- Obrigada mesmo! Estou muito feliz! - Respondeu David, e foi se arrumar pra sair.
Tudo certo. David pegou seu RG novinho.
Então ontem, assim que chego no equipamento, David está parado na porta e pergunta se pode falar comigo. Abro a sala e faço que ele pode entrar.
- Lorrane, eu queria ir no banco ver se tenho PIS...
- Tudo bem, vou ver se tem alguém pra te acompanhar.
- Ah, mas eu posso ir sozinho, não quero dar trabalho.
- Não é trabalho nenhum, peço pra alguém ir com você. - respondo.
- Ah, deixa pra lá, acho que meu braço está doendo ainda... Vou outro dia.
- Tudo bem.
E saiu da sala. Percebi que ele ficou chateado quando disse que pediria pra alguém acompanhá-lo; Segui meu dia normalmente.
Então hoje, quando cheguei, novamente David me espera perto da porta da minha sala, e diz que quer conversar. Da mesma forma que fiz ontem, abri a sala, coloquei minha bolsa em uma mesa, puxei duas cadeiras.
- Então Lorrane, posso ir hoje no banco?
- Claro, vou ver se tem alguém pra ir com você - levantei, fui até a porta e perguntei se tinha funcionário disponível. Tinha uma. Me voltei pra ele e perguntei se estava tudo bem.
- Tá sim Lorrane. Eu dei mancada, agora tem que ir acompanhado, tudo bem. - E concordou com a cabeça. Foi se arrumar, entreguei seus documentos e ele saiu acompanhado de um funcionário.
Algumas horas depois eles retornam e David entra na minha sala com um sorriso de orelha a orelha.
- Deu tudo certo! Não tinha PIS, mas tinha juros, tirei R$ 55,00 reais! - E levantou as mãos e foi tirando coisas de uma sacolinha plástica. - Já fiz compras, tem aqui dois pacote de balas e um pacote de bolachas e o troco eu guardei. - Então separa um pacote de balas pra ele e coloca o outro na minha direção com o pacote de bolachas.
- É pra eu guardar aqui? Quando você quiser pode pedir que eu pego pra você comer.
- Não, Lorrane, é pra você, comprei pra você, pra agradecer pela ajuda! - respondeu com um sorriso ainda maior que o anterior, se é que era possível.
- Obrigada! Já vou pegar uma bala aqui pra mim então.
E David saiu da sala sorrindo e distribuindo balas para os demais acolhidos da casa.
Ainda não comi o pacote de bolachas, mas voltei pra casa com o mesmo sorriso que ele. ;)
Tem muita gente nessa área que diz que não é certo aceitar presentes dos atendidos. Eu concordo que não temos que aceitar presentes caros e que não devemos nos aproveitar da ingenuidade deles, mas tem algumas coisas que não podemos negar: Eles criam vínculos conosco, e negar presente vindo do coração deles pra mim é desfeita. A cara de satifação dele por me dar alguma coisa era impagável, e eu seria incapaz de negar isso.
Bom, foi assim, ano passado, do meio do ano pro final, tivemos diversos problemas operacionais e financeiros e a prefeitura cortou vários serviços (que nem poderia cortar, mas aí já é outra história), e um deles foi a abordagem social.
Abordagem social é aquele serviço itinerante de pessoas que trabalham com os moradores de rua, e um dos primeiros casos que discutimos foi o de David (obviamente, como sempre, nome fictício). Quando uma amiga me falou sobre o caso dele, eu sequer sabia que a cidade tinha contratado um novo serviço de abordagem social... E essa amiga me falou sobre o caso do David, que era alcoolista, que passava mal na rua de tanto beber e queria ajuda para sair dessa vida.
Não entrando em muitos detalhes, como se tratou do primeiro caso e as tratativas ainda estavam meio bagunçadas, o caso não teve os encaminhamentos da maneira correta, de qualquer forma, David pareceu uma pessoa educada e amável, no pouco que conseguimos conversar, ele tinha contado que estava na cidade há algum tempo e que estava lutando contra o vício do álcool; tínhamos combinado que ele poderia sair pra beber um pouco caso a abstinência fosse muita, mas que não poderia chegar alcoolizado, pois os funcionários do serviço eram muito rígidos. E que nesse meio tempo, iriamos providenciar sua certidão de nascimento e RG para iniciar o tratamento.
Por alguma falta de comunicação, os funcionários do equipamento entenderam que David não tinha liberdade pra sair da casa, o que, pra ser sincera, me irritou bastante posteriomente, pois a priori, todos podem sair da casa, são excessões as vítimas de violência domêstica antes de conseguir medida protetiva e os que estão em algum tratamento que exija monitoramento por causa de medicação forte. Nenhum desses era o caso de David, portanto poderia sair. Contudo, negaram sua saída, e ele, na forte abstinência pulou o muro e fugiu da casa...
Eu e a equipe ficamos bastante chateadas, pois tinhamos conseguido sua certidão e agendado dia para conseguir a segunda via de seu RG para darmos o encaminhamento para o tratamento que ele tanto queria. Por alguns dias ficamos sem notícias dele, até que ficamos sabendo que ele estava internado no hospital da cidade, com o braço quebrado pois havia caído de uma árvore!
Fizemos as tratativas necessárias e, quando teve alta, voltou para nós. Assim que retornou, atendemos David e fizemos um novo plano de atendimento, de maneira séria dissemos que ele tinha que ter paciência e quando precisasse e quisesse sair, podia nos ligar, e não precisava pular o muro.
David, por sua vez, nos contou sua história de vida, contou que foi órfão, criado em abrigos desde pequeno, depois conseguiu morar numa pensão, trabalhar e morar com uma companheira e teve um filho, que perdeu o contato. Era andarilho e acabou gostando de morar nas ruas de São Vicente. Ainda estava com o braço engessado e não tinha movimento nas mãos, então teve que aprender a ter paciência, esperar o braço melhorar minimamente para dar continuidade ao seu plano de atendimento.
Assim que recuperou minimamente os movimentos da mão, agendamos segunda via de seu RG. Enquanto isso, não saia da casa. O processo demorou por volta de um mês, um mês e meio. Nas últimas duas semanas, David pediu pra sair, disse que precisava sair da casa e prometeu que não iria beber. Porém teve uma recaída. Pediu desculpas e ficou na casa por mais ou menos uma semana sem sair, até que novameeeente, diz que precisa sair e promete novameeeente que não vai beber. Adivinha? Bebeu. Chegou alcoolizado na casa, com forte cheiro de álcool. Como ainda não deu início ao tratamento, perdoamos.
Então na sexta-feira, David vem falar comigo:
- Assistente, sabe se meu RG está pronto?
- David, não sou assistente social, sou psicóloga! - e sorrio, ele sempre confunde - Mas sim, está pronto, é que estamos sem vale transporte para ir buscar.
- Mas eu posso ir buscar, peço carona no ônibus.
- Hum, acho melhor ir acompanhado. Vou entrar em contato com o Centro Pop e ver o que consigo.
David concordou e saiu da sala. Falei com os técnicos do centro pop que disseram que não havia vale transporte, mas que um motorista iria a Santos fazer um serviço e poderia levá-lo. Contei do receio de recaídas, e a coordenadora me garantiu que o carro esperaria ele do lado de fora do poupatempo e eles retornariam juntos. Sendo assim, chamei David e contei da notícia.
- Obrigada Lorrana.. Lorrena... ai não sei falar seu nome.
- É Lorraine, mas não tem problema! Fique pronto que por volta das 14hs um carro virá buscá-lo.
- Obrigada mesmo! Estou muito feliz! - Respondeu David, e foi se arrumar pra sair.
Tudo certo. David pegou seu RG novinho.
Então ontem, assim que chego no equipamento, David está parado na porta e pergunta se pode falar comigo. Abro a sala e faço que ele pode entrar.
- Lorrane, eu queria ir no banco ver se tenho PIS...
- Tudo bem, vou ver se tem alguém pra te acompanhar.
- Ah, mas eu posso ir sozinho, não quero dar trabalho.
- Não é trabalho nenhum, peço pra alguém ir com você. - respondo.
- Ah, deixa pra lá, acho que meu braço está doendo ainda... Vou outro dia.
- Tudo bem.
E saiu da sala. Percebi que ele ficou chateado quando disse que pediria pra alguém acompanhá-lo; Segui meu dia normalmente.
Então hoje, quando cheguei, novamente David me espera perto da porta da minha sala, e diz que quer conversar. Da mesma forma que fiz ontem, abri a sala, coloquei minha bolsa em uma mesa, puxei duas cadeiras.
- Então Lorrane, posso ir hoje no banco?
- Claro, vou ver se tem alguém pra ir com você - levantei, fui até a porta e perguntei se tinha funcionário disponível. Tinha uma. Me voltei pra ele e perguntei se estava tudo bem.
- Tá sim Lorrane. Eu dei mancada, agora tem que ir acompanhado, tudo bem. - E concordou com a cabeça. Foi se arrumar, entreguei seus documentos e ele saiu acompanhado de um funcionário.
Algumas horas depois eles retornam e David entra na minha sala com um sorriso de orelha a orelha.
- Deu tudo certo! Não tinha PIS, mas tinha juros, tirei R$ 55,00 reais! - E levantou as mãos e foi tirando coisas de uma sacolinha plástica. - Já fiz compras, tem aqui dois pacote de balas e um pacote de bolachas e o troco eu guardei. - Então separa um pacote de balas pra ele e coloca o outro na minha direção com o pacote de bolachas.
- É pra eu guardar aqui? Quando você quiser pode pedir que eu pego pra você comer.
- Não, Lorrane, é pra você, comprei pra você, pra agradecer pela ajuda! - respondeu com um sorriso ainda maior que o anterior, se é que era possível.
- Obrigada! Já vou pegar uma bala aqui pra mim então.
E David saiu da sala sorrindo e distribuindo balas para os demais acolhidos da casa.
Ainda não comi o pacote de bolachas, mas voltei pra casa com o mesmo sorriso que ele. ;)
Tem muita gente nessa área que diz que não é certo aceitar presentes dos atendidos. Eu concordo que não temos que aceitar presentes caros e que não devemos nos aproveitar da ingenuidade deles, mas tem algumas coisas que não podemos negar: Eles criam vínculos conosco, e negar presente vindo do coração deles pra mim é desfeita. A cara de satifação dele por me dar alguma coisa era impagável, e eu seria incapaz de negar isso.
domingo, 26 de junho de 2016
Coisas que eu queria que você soubesse (psicologia)
Gostei bastante de escrever aquele post sobre "coisas que eu queria que você soubesse" sobre ser vegetariana e resolvi escrever mais um, agora sobre ser psicóloga; pra quem tem amigo psicólogo, pra quem é psicólogo ou pra quem quer ser psicólogo hahaha.
Eu não estou te analisando o tempo inteiro, alias, nem eu nem nenhum psicólogo, porque sério, cansa. Às vezes a gente desliga...
Não, eu não posso atender seu amigo a preço de banana só porque é seu amigo. Não faço trabalho doméstico, sou profissional. Uma coisa é uma pessoa que precisa e a gente combinar um preço até que a situação mude, depois cobrar o preço normal, outra é abusar da amizade.
Eu não sou obrigada a gostar de todo mundo ou de ser a pessoa mais paciente do mundo; uma coisa é entender o comportamento do ser humano, outra coisa é gostar de todo e qualquer comportamento.
Não é obrigação a gente escolher uma linha e seguir pra vida toda. Você pode começar a faculdade gostando de psicanálise e terminar gostando de cognitivo comportamental, alias, você pode não seguir uma linha específica e se adaptar a cada pessoa, ninguém é um computador preso a um software gente. Todo mundo muda a visão de mundo, todo mundo evolui e é normal.
Sim, eu erro, e erro muito, já errei muito, já magoei muito, já fui muito magoada. Alias, eu me envolvo pelas histórias dos pacientes, crio vínculo e me importo com eles. A gente não é feito de gelo e não existe análise sem ponto de vista. A gente sempre analisa tudo a nossa volta baseado nas nossas vivências e aprendizagens! Nenhum ser humano foge disso, sendo psicólogo ou não.
Psicologia nada tem a ver com signos. Sei que pode parecer absurdo, mas tem gente que acha que tem a ver. Eu sei que signos falam de comportamento humano e psicologia também, maaas são duas coisas diferentes! Psicologia estuda o comportamento humano mas, não estuda astros e só vai perguntar a sua data de nascimento pra saber sua idade.
Ah, também alguns alertas, psicólgos não devem influenciar em escolhas políticas ou religiosas. E pra quem está se formando ou pensando em cursas psicologia: é difícil arranjar emprego. Eu sei que no geral, está difícil pra maioria das pessoas formadas ou não, quase impossível pra quem não tem amigo que indique. Mas uma dica: não existe só consultório e RH. Existem disversas áreas de atuação, e não há problema nenhum em não conseguir emprego na área de cara, só não pare de se informar, ler e estudar sobre o assunto!
E uma opinião minha é que: todos que tem a oportunidade deveriam experimentar fazer terapia, Autoconhecimento nunca é demais, não que eu ache que necessariamente todo mundo precise de terapia; maaaas é muito legal aprender coisas novas sobre você mesmo, principalmente do ponto de vista profissional, pois se você conhece seu modo de agir e de onde vieram alguns comportamentos, fica mais fácil controlar, entender e se tornar uma versão melhor de si mesmo. Porque, só pra deixar bem claro, falar com um psicólogo não é coisa de doido, é coisa de quem quer se conhecer e se entender melhor.
Ah, e só caso não tenha ficado claro, psicólogos tem problemas como todo mundo. ;)
Eu não estou te analisando o tempo inteiro, alias, nem eu nem nenhum psicólogo, porque sério, cansa. Às vezes a gente desliga...
Não, eu não posso atender seu amigo a preço de banana só porque é seu amigo. Não faço trabalho doméstico, sou profissional. Uma coisa é uma pessoa que precisa e a gente combinar um preço até que a situação mude, depois cobrar o preço normal, outra é abusar da amizade.
Eu não sou obrigada a gostar de todo mundo ou de ser a pessoa mais paciente do mundo; uma coisa é entender o comportamento do ser humano, outra coisa é gostar de todo e qualquer comportamento.
Não é obrigação a gente escolher uma linha e seguir pra vida toda. Você pode começar a faculdade gostando de psicanálise e terminar gostando de cognitivo comportamental, alias, você pode não seguir uma linha específica e se adaptar a cada pessoa, ninguém é um computador preso a um software gente. Todo mundo muda a visão de mundo, todo mundo evolui e é normal.
Sim, eu erro, e erro muito, já errei muito, já magoei muito, já fui muito magoada. Alias, eu me envolvo pelas histórias dos pacientes, crio vínculo e me importo com eles. A gente não é feito de gelo e não existe análise sem ponto de vista. A gente sempre analisa tudo a nossa volta baseado nas nossas vivências e aprendizagens! Nenhum ser humano foge disso, sendo psicólogo ou não.
Psicologia nada tem a ver com signos. Sei que pode parecer absurdo, mas tem gente que acha que tem a ver. Eu sei que signos falam de comportamento humano e psicologia também, maaas são duas coisas diferentes! Psicologia estuda o comportamento humano mas, não estuda astros e só vai perguntar a sua data de nascimento pra saber sua idade.
Ah, também alguns alertas, psicólgos não devem influenciar em escolhas políticas ou religiosas. E pra quem está se formando ou pensando em cursas psicologia: é difícil arranjar emprego. Eu sei que no geral, está difícil pra maioria das pessoas formadas ou não, quase impossível pra quem não tem amigo que indique. Mas uma dica: não existe só consultório e RH. Existem disversas áreas de atuação, e não há problema nenhum em não conseguir emprego na área de cara, só não pare de se informar, ler e estudar sobre o assunto!
E uma opinião minha é que: todos que tem a oportunidade deveriam experimentar fazer terapia, Autoconhecimento nunca é demais, não que eu ache que necessariamente todo mundo precise de terapia; maaaas é muito legal aprender coisas novas sobre você mesmo, principalmente do ponto de vista profissional, pois se você conhece seu modo de agir e de onde vieram alguns comportamentos, fica mais fácil controlar, entender e se tornar uma versão melhor de si mesmo. Porque, só pra deixar bem claro, falar com um psicólogo não é coisa de doido, é coisa de quem quer se conhecer e se entender melhor.
Ah, e só caso não tenha ficado claro, psicólogos tem problemas como todo mundo. ;)
terça-feira, 21 de junho de 2016
Querida amiga do trabalho,
Você é uma das pessoas mais esforçadas que já conheci, além de inteligente e de personalidade forte. Pena que essa personalidade some na família. Acho sua índole louvável, e é legal que tenha forte religiosidade e temente a deus.
Não, eu não acredito em deus, nem sou religiosa, mas não vim escrever pra te convencer a não acreditar, mas queria te dizer que isso tá te fazendo mal. Sabe por quê?
Porque não, você não é sozinha e interamente responsável pela limpeza da sua casa (lembra que moram outros de baixo do mesmo teto?), muito menos pela criação dos filhos (lembra que não os fez sozinha?) e menos ainda por servir teu marido! Da mesma forma que ele não está dando conta do sustento do lar, e nem é obrigado a isso, você não é obrigada a nada disso.
Você tem mais valor do que pensa, as obrigações do lar, são sim de todos que moram nele, tanto seu marido quanto filhos/as tem que te ajudar na limpeza e organização da casa.
Você tem direito a descansar, respirar e se cuidar tanto quanto eles. E por favor o faça, pois tem amigos que estão preocupados com sua saúde mental e te querem bem.
Lembra quando você perguntou se eu podia atender seu filho? Quem mais precisa de atendimento e atenção é você mesma. Por favor se empodere, se enxergue como a mulher forte que é.
Não quero que você acabe com as suas crenças, mas preferia que elas não te diminuissem como pessoa e apenas te fortalecesse de verdade como as mensagens que você posta nas redes sociais.
Eu sei que você acha que "tudo pode naquele te fortalesse", mas se estivesse realmente fortalecida, não aceitaria ser tratada como criada dentro da sua própria casa.
Bota esse povo pra trabalhar e vai cuidar de você. Você merece tanto quanto eles, até mais.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Update: mãe de pré adolescente
Acho que quem me acompanha sabe que tenho uma filha, a não ser que seja um novo seguidor, o que eu acho muito difícil, já que quem lê são só meus amigos ou stalkers que fingem que não gostam mais de mim, então, a Vitória, minha filha, já tem 9 anos, faz 10 em setembro e essa semana que passou tive a primeira experiência com uma pré adolescente.
Então é assim, tem dias que a Vitória entra 8h na escola, e eu trabalho das 10h as 16h, então nos dias que ela entra 8h, eu sinceramente, acordo ela com leite e toddy na cama, mando ela tomar banho e se arrumar e vou dormir, quando ela está pronta (ela é muito responsável), ela me chama, e eu vou levá-la (muitas vezes eu vou de pijama, ou me troco e vou dormir), volto e durmo. Confio nela e na educação que eu dei, então sei que ela se arrumou, não fico checando.
Aí tem mais, nos dias que eu tenho pole, quem vai buscá-la é minha mãe. Então um belo dia, minha mãe foi buscá-la e quando acabou minha aula eu vejo as mensagens: "Lorraine, a Vi tá com a sobrancelha falhada".
Na verdade eu tinha até reparado algo diferente no rosto dela, mas não me liguei que era isso. Voltei pra casa e fui olhar. Realmente, ela raspou a sobrancelha haha. Então chamei ela pra conversar, perguntei o que ela queria ter feito, etc. Pra não expor muito, ela queria basicamente, arrumar algumas coisas no estilo dela e eu expliquei que quando ela quiser mudar algo no corpo, rosto ou cabelo, ela tinha que falar comigo, pois algumas coisas podem ser perigosas, então perguntei se ela queria mudar mais alguma coisa e ela me respondeu com a maior tranquilidade "quero fazer uma mecha azul no cabelo".
E olha só, me peguei sorrindo, quem sou eu pra dizer não? Aquela mãe que muda de cabelo todo mês? Concordei! E já tentamos clarear o cabelo no mesmo dia, mas o pó clareador era antigo e não pegou. No dia seguinte comprei e fizemos as mechas.
Posso ser narcisista e dizer que estou orgulhosa? Não só por ter feito um ótimo trabalho de sem querer. Mas também por descobrir que além de inteligentíssima, minha filha tem seu estilo próprio e tem ótimo gosto! hahaha
Fiz as mechas dela, admito que não foi proposital, mas ficou um degradê do verde pro azul. Ficou maravilhoso!
Cada dia fico mais orgulhosa de ser mãe de uma pessoinha assim: inteligente, linda, autêntica, independente e criativa!
Então é assim, tem dias que a Vitória entra 8h na escola, e eu trabalho das 10h as 16h, então nos dias que ela entra 8h, eu sinceramente, acordo ela com leite e toddy na cama, mando ela tomar banho e se arrumar e vou dormir, quando ela está pronta (ela é muito responsável), ela me chama, e eu vou levá-la (muitas vezes eu vou de pijama, ou me troco e vou dormir), volto e durmo. Confio nela e na educação que eu dei, então sei que ela se arrumou, não fico checando.
Aí tem mais, nos dias que eu tenho pole, quem vai buscá-la é minha mãe. Então um belo dia, minha mãe foi buscá-la e quando acabou minha aula eu vejo as mensagens: "Lorraine, a Vi tá com a sobrancelha falhada".
Na verdade eu tinha até reparado algo diferente no rosto dela, mas não me liguei que era isso. Voltei pra casa e fui olhar. Realmente, ela raspou a sobrancelha haha. Então chamei ela pra conversar, perguntei o que ela queria ter feito, etc. Pra não expor muito, ela queria basicamente, arrumar algumas coisas no estilo dela e eu expliquei que quando ela quiser mudar algo no corpo, rosto ou cabelo, ela tinha que falar comigo, pois algumas coisas podem ser perigosas, então perguntei se ela queria mudar mais alguma coisa e ela me respondeu com a maior tranquilidade "quero fazer uma mecha azul no cabelo".
E olha só, me peguei sorrindo, quem sou eu pra dizer não? Aquela mãe que muda de cabelo todo mês? Concordei! E já tentamos clarear o cabelo no mesmo dia, mas o pó clareador era antigo e não pegou. No dia seguinte comprei e fizemos as mechas.
Posso ser narcisista e dizer que estou orgulhosa? Não só por ter feito um ótimo trabalho de sem querer. Mas também por descobrir que além de inteligentíssima, minha filha tem seu estilo próprio e tem ótimo gosto! hahaha
Fiz as mechas dela, admito que não foi proposital, mas ficou um degradê do verde pro azul. Ficou maravilhoso!
Cada dia fico mais orgulhosa de ser mãe de uma pessoinha assim: inteligente, linda, autêntica, independente e criativa!
terça-feira, 31 de maio de 2016
Coisas que eu gostaria que você soubesse (vegetarianismo)
Pra começar, eu não virei vegetariana porque meu namorado é vegetariano, pra sua informação, eu já fiquei um ano sem comer carne antes de conhecê-lo e sempre achei uma forma legal de se alimentar. E mesmo que fosse, eu não ligo, é uma opção saudável e menos cruel de alimentação, então independe da motivação eu me sentir confortável com isso.
Não, eu não sinto falta da carne.
Não, minha alimentação não é restrita, eu não como só mato (apesar de adorar mato) alias, deixa eu te dizer uma coisa, senhor (a) carnívoro (a) , sua alimentação que é restrita. Porque arroz, feijão e carne, não tem todos os nutrientes que você precisa.
Por favor, pooor favor, não guarde o queijo e o presunto no mesmo pote, e isso vale pra qualquer outro defunto que você guarde junto. E sim, presunto é carne. Alias, peixe também é carne. Salsicha, frango, sardinha... Tudo carne.
Sim, eu ainda como derivados do leite, pouco. Mas como.
Não, eu não tenho problemas de saúde, fiz exames recentemente.
Não, eu não vou comer sua carne por educação, desculpa.
Por favor, se você optou por comer carne, coma sua comida com carne, não acabe com a vegetariana da geladeira "só por curiosidade" se não tiver o suficiente pra sua curiosidade e a minha refeição. Por exemplo, numa festa, quando você pede 10 pizzas e 1 só é vegetariana, coma preferencialmente as com carne, se sobrar vegetariana, você come... É egoísmo com a pessoa que tem menos opções.
E ah! Eu não me ofendo quando você diz que é modinha, eu gosto quando coisas boas viram modinha! Tomara que vire modinha e muita gente vire vegetariana e vegana, aí eu vou ter mais opções (e mais baratas) no mercado! :)
E eu bebo. Sim, não tem defunto na bebida alcoólica. Eu não sou abstêmica, sou ve-ge-ta-ri-a-na (não sei se fiz a divisão silábica correta haha) o que não me impede de ingerir álcool!
Ah! Não sou natureba, ainda como gordices, só que sem carne... Inclusive meus hamburgueres de soja, quinoa, ervilha, feijão, grão de bico, etc etc etc, são todos muito bons!
Não é uma dieta, eu não parei de comer carne pra emagrecer. Ah, eu nunca disse que o gosto ou o cheiro da comida com carne são ruins, eu escolhi parar de comer porque acho que somos evoluídos o suficiente pra parar de explorar outras espécies de seres vivos pensantes parra obter proteína.
E pra finalizar, uma curiosidade:
Não, eu não sinto falta da carne.
Não, minha alimentação não é restrita, eu não como só mato (apesar de adorar mato) alias, deixa eu te dizer uma coisa, senhor (a) carnívoro (a) , sua alimentação que é restrita. Porque arroz, feijão e carne, não tem todos os nutrientes que você precisa.
Por favor, pooor favor, não guarde o queijo e o presunto no mesmo pote, e isso vale pra qualquer outro defunto que você guarde junto. E sim, presunto é carne. Alias, peixe também é carne. Salsicha, frango, sardinha... Tudo carne.
Sim, eu ainda como derivados do leite, pouco. Mas como.
Não, eu não tenho problemas de saúde, fiz exames recentemente.
Não, eu não vou comer sua carne por educação, desculpa.
Por favor, se você optou por comer carne, coma sua comida com carne, não acabe com a vegetariana da geladeira "só por curiosidade" se não tiver o suficiente pra sua curiosidade e a minha refeição. Por exemplo, numa festa, quando você pede 10 pizzas e 1 só é vegetariana, coma preferencialmente as com carne, se sobrar vegetariana, você come... É egoísmo com a pessoa que tem menos opções.
E ah! Eu não me ofendo quando você diz que é modinha, eu gosto quando coisas boas viram modinha! Tomara que vire modinha e muita gente vire vegetariana e vegana, aí eu vou ter mais opções (e mais baratas) no mercado! :)
E eu bebo. Sim, não tem defunto na bebida alcoólica. Eu não sou abstêmica, sou ve-ge-ta-ri-a-na (não sei se fiz a divisão silábica correta haha) o que não me impede de ingerir álcool!
Ah! Não sou natureba, ainda como gordices, só que sem carne... Inclusive meus hamburgueres de soja, quinoa, ervilha, feijão, grão de bico, etc etc etc, são todos muito bons!
Não é uma dieta, eu não parei de comer carne pra emagrecer. Ah, eu nunca disse que o gosto ou o cheiro da comida com carne são ruins, eu escolhi parar de comer porque acho que somos evoluídos o suficiente pra parar de explorar outras espécies de seres vivos pensantes parra obter proteína.
E pra finalizar, uma curiosidade:
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Primeira semana no Pole Dance
Bom, eu não sou lá a pessoa com a maior auto estima do mundo, tenho meus altos e baixos, mas no geral eu costumava me sentir bem comigo mesma, de uns tempos pra cá, pode ser que seja impressão, mas estava sentindo que estava ganhando peso, e as malditas espinhas, como sempre, me colocam pra baixo.
Também acrescento que fiz aniversário, e minha mãe, não comprou presente esse ano, mas deu um cartão escrito "vale mil reais em compras parceladas", de primeiro pensei em comprar vários livros, mas percebi que tenho diversos livros na minha estante que ainda não li. Então resolvi buscar alguma atividade física, não necessariamente pra emagrecer, mas pra me sentir melhor comigo mesma. Nunca fui de gostar de academia ou do famoso "correr/andar na praia", eu queria alguma coisa mais dinâmica, pensei em artes marciais, pensei em boxe, pensei em pole dance. Pesquisei tudo na internet, e quando pesquisei por pole dance, vi vídeos de senhoras idosas, de mulheres obesas, fazendo várias acrobacias e sendo lindas do jeitinho que elas são, sem mudar o corpo, sem se enquadrar nos padrões da sociedade. Então decidi ir atrás disso em Santos.
Encontrei um lugar, rapidamente perguntei por uma aula experimental. Fiz, me apaixonei e no mesmo dia fiz a matrícula. Até o momento não posso dizer que foram muitas aulas, na verdade só participei de 3 aulas, mas já posso dizer uma coisa: AMEI.
É assim, as pessoas que fazem são um amor, a aula é uma delícia, o tempo passa e a gente nem percebem a aula acaba e você fica: "mas já?". Nunca tinha feito nada parecido, quando mais nova fiz ginástica olímpica, ballet, natação, volei... Mas o pole é apaixonante.
Nunca tive tantos roxos em uma semana, mas também nunca tive tanta vontade de me empenhar num exercício até a exaustão. E olha que eu realmente não pratico exercícío físicos há muito tempo, não consigo me alongar adequadamente, não me penduro na barra com tanta facilidade com que as meninas que fazem outras atividades conseguem, mas também não me sinto intimidade ou com vontade de desistir, a minha vontade é de instalar um pole em casa e treinar loucamente até conseguir me pendurar sem dificuldades.
A minha indicação é: façam uma aula experimental!
Também acrescento que fiz aniversário, e minha mãe, não comprou presente esse ano, mas deu um cartão escrito "vale mil reais em compras parceladas", de primeiro pensei em comprar vários livros, mas percebi que tenho diversos livros na minha estante que ainda não li. Então resolvi buscar alguma atividade física, não necessariamente pra emagrecer, mas pra me sentir melhor comigo mesma. Nunca fui de gostar de academia ou do famoso "correr/andar na praia", eu queria alguma coisa mais dinâmica, pensei em artes marciais, pensei em boxe, pensei em pole dance. Pesquisei tudo na internet, e quando pesquisei por pole dance, vi vídeos de senhoras idosas, de mulheres obesas, fazendo várias acrobacias e sendo lindas do jeitinho que elas são, sem mudar o corpo, sem se enquadrar nos padrões da sociedade. Então decidi ir atrás disso em Santos.
Encontrei um lugar, rapidamente perguntei por uma aula experimental. Fiz, me apaixonei e no mesmo dia fiz a matrícula. Até o momento não posso dizer que foram muitas aulas, na verdade só participei de 3 aulas, mas já posso dizer uma coisa: AMEI.
É assim, as pessoas que fazem são um amor, a aula é uma delícia, o tempo passa e a gente nem percebem a aula acaba e você fica: "mas já?". Nunca tinha feito nada parecido, quando mais nova fiz ginástica olímpica, ballet, natação, volei... Mas o pole é apaixonante.
Nunca tive tantos roxos em uma semana, mas também nunca tive tanta vontade de me empenhar num exercício até a exaustão. E olha que eu realmente não pratico exercícío físicos há muito tempo, não consigo me alongar adequadamente, não me penduro na barra com tanta facilidade com que as meninas que fazem outras atividades conseguem, mas também não me sinto intimidade ou com vontade de desistir, a minha vontade é de instalar um pole em casa e treinar loucamente até conseguir me pendurar sem dificuldades.
A minha indicação é: façam uma aula experimental!
terça-feira, 19 de abril de 2016
Coisa de menina mimada
- Escuta aqui, eu preciso te falar uma coisa - disse séria, estava almoçando, nem olhava pra ela, arregalei um pouco os olhos e me virei pra olhar pra ela, mas não disse nada.
- Eu não sou sua dona e você não é minha assistente, nunca mais diga isso. Eu preciso muito de você aqui - continuou - O que eu mais quero é dividir a responsabilidade e fazer um serviço de continuidade.
Ainda não respondi, parei de comer, ainda olhava pra ela, com os olhos menos arregalados.
- Eu divido tudo com você e queria muito que você falasse mais, para de guardar as coisas pra você e não deixa que subam nas suas costas, se imponha! - e me abraçou. Até aí estava tudo bem.
- Eu sei, eu sei - respondi e retribui o abraço.
- Eu não deixo que eles subam nas minhas costas, eu falo o que tenho que falar e faço o serviço andar. Mas preciso dizer outra coisa, pois tenho experiência. - e aí as coisas começaram a desandar. O abraço terminou e não disse mais nada, apenas ouvi. - Olha, o serviço é pesado e muitas vezes quis desistir, mas eu sou velha e não tenho mais pra onde ir, você é jovem, pode ir pra outro serviço, peça transferência se assim preferir, mas não acho justo, pois preciso de você aqui e trabalhei muitos anos sozinha. Mas nunca engoli as palavras e fui embora chorando, e para os outros, isso pode parecer coisa de menina mimada.
Não preciso dizer mais nada, nem continuar. Para os outros pode parecer coisa de menina mimada? Engraçado, pois não foi isso que ouvi. Sim, ela bem disse que sou uma ótima profissional e, realmente não é a primeira vez que ouço que preciso me impor, mas daí a dizer que ir embora quando me sinto mal é coisa de menina mimada?
Quantas vezes não foram embora doente e nunca é questionado, agora se a pessoa tem uma crise de nervos, isso não é passar mal?
Eu pensei por um momento em pedir desculpas por ter ido embora, mas agora reconsiderei, ainda bem que essa avalanche de egoísmo me fez abrir os olhos. Temos que nos acertar, não vou abandonar o serviço pra sempre, mas ir embora no dia que não me senti bem, seja o motivo que for, não é coisa de menina mimada. O quanto de vezes que não respirei fundo e continuei lá? Faça me o favor.
Quando a gente acha que a pessoa vai descer do pedestal, ela vai e sobe de novo. Mais humildade, menos egoísmo, mais trabalho em equipe, por favor.
- Eu não sou sua dona e você não é minha assistente, nunca mais diga isso. Eu preciso muito de você aqui - continuou - O que eu mais quero é dividir a responsabilidade e fazer um serviço de continuidade.
Ainda não respondi, parei de comer, ainda olhava pra ela, com os olhos menos arregalados.
- Eu divido tudo com você e queria muito que você falasse mais, para de guardar as coisas pra você e não deixa que subam nas suas costas, se imponha! - e me abraçou. Até aí estava tudo bem.
- Eu sei, eu sei - respondi e retribui o abraço.
- Eu não deixo que eles subam nas minhas costas, eu falo o que tenho que falar e faço o serviço andar. Mas preciso dizer outra coisa, pois tenho experiência. - e aí as coisas começaram a desandar. O abraço terminou e não disse mais nada, apenas ouvi. - Olha, o serviço é pesado e muitas vezes quis desistir, mas eu sou velha e não tenho mais pra onde ir, você é jovem, pode ir pra outro serviço, peça transferência se assim preferir, mas não acho justo, pois preciso de você aqui e trabalhei muitos anos sozinha. Mas nunca engoli as palavras e fui embora chorando, e para os outros, isso pode parecer coisa de menina mimada.
Não preciso dizer mais nada, nem continuar. Para os outros pode parecer coisa de menina mimada? Engraçado, pois não foi isso que ouvi. Sim, ela bem disse que sou uma ótima profissional e, realmente não é a primeira vez que ouço que preciso me impor, mas daí a dizer que ir embora quando me sinto mal é coisa de menina mimada?
Quantas vezes não foram embora doente e nunca é questionado, agora se a pessoa tem uma crise de nervos, isso não é passar mal?
Eu pensei por um momento em pedir desculpas por ter ido embora, mas agora reconsiderei, ainda bem que essa avalanche de egoísmo me fez abrir os olhos. Temos que nos acertar, não vou abandonar o serviço pra sempre, mas ir embora no dia que não me senti bem, seja o motivo que for, não é coisa de menina mimada. O quanto de vezes que não respirei fundo e continuei lá? Faça me o favor.
Quando a gente acha que a pessoa vai descer do pedestal, ela vai e sobe de novo. Mais humildade, menos egoísmo, mais trabalho em equipe, por favor.
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Desabafo
Todo mundo sabe que eu sou uma pessoa bastante sincera, não me pergunte algo ao qual vc não está preparado para ouvir a resposta. Mas hoje eu queria fazer um desabafo...
Tem uma grande diferença entre fazer uma crítica construtiva e apontar erros com o claro intuito de magoar o outro.
Como eu acabei de falar ali em cima: "não me pergunte" ou seja, eu não saio apontando pros outros o que eles fizeram de errado, mas se me perguntarem, eu vou ser obrigada a dizer. E tem mais, eu vou tentar encontrar a maneira mais delicada possível de falar, porque vejam, minha intenção não é magoar ninguém, mas sim mostrar pra pessoa o que ela pode melhorar.
Agora, é muito desanimador quando parece que a pessoa aponta seus erros com o intuito de te ver mal, com o intuito de te fazer entristecer ou o intuito de te ver chorar.
Eu sei que sou psicóloga e sei que muitas teorias explicam muito bem esse comportamento, mas uma coisa é ajudar outras pessoas a superarem os problemas, outra é quando os problemas são nossos, temos sempre essa ferida aberta...
Só em contos de fadas o bom é bom e o mau é mau. Na vida real, todo mundo tem tudo misturado, todo mundo é passível de erros e acertos. Todo mundo está vivendo uma batalha interna que a gente não tem nem ideia...
Eu entendo, entendo mesmo os muros e as cercas construídas pra proteger o ego dos bombardeios do mundo externo. Mas também sou indivíduo, também sou ser humano, também tenho sentimentos e também sofro quando pessoas importantes pra mim tentam me machucar.
E eu queria muito ter forças pra simplesmente largar tudo e recomeçar, mas não é bem assim que a banda toca... Sou muito agradecida por ter nascido na família que nasci, mas que tem hora que tenho vontade de sumir, ah, eu tenho...
Tem uma grande diferença entre fazer uma crítica construtiva e apontar erros com o claro intuito de magoar o outro.
Como eu acabei de falar ali em cima: "não me pergunte" ou seja, eu não saio apontando pros outros o que eles fizeram de errado, mas se me perguntarem, eu vou ser obrigada a dizer. E tem mais, eu vou tentar encontrar a maneira mais delicada possível de falar, porque vejam, minha intenção não é magoar ninguém, mas sim mostrar pra pessoa o que ela pode melhorar.
Agora, é muito desanimador quando parece que a pessoa aponta seus erros com o intuito de te ver mal, com o intuito de te fazer entristecer ou o intuito de te ver chorar.
Eu sei que sou psicóloga e sei que muitas teorias explicam muito bem esse comportamento, mas uma coisa é ajudar outras pessoas a superarem os problemas, outra é quando os problemas são nossos, temos sempre essa ferida aberta...
Só em contos de fadas o bom é bom e o mau é mau. Na vida real, todo mundo tem tudo misturado, todo mundo é passível de erros e acertos. Todo mundo está vivendo uma batalha interna que a gente não tem nem ideia...
Eu entendo, entendo mesmo os muros e as cercas construídas pra proteger o ego dos bombardeios do mundo externo. Mas também sou indivíduo, também sou ser humano, também tenho sentimentos e também sofro quando pessoas importantes pra mim tentam me machucar.
E eu queria muito ter forças pra simplesmente largar tudo e recomeçar, mas não é bem assim que a banda toca... Sou muito agradecida por ter nascido na família que nasci, mas que tem hora que tenho vontade de sumir, ah, eu tenho...
quinta-feira, 3 de março de 2016
Continuando as reclamações
Sinto muito se já se encheram o saco de lerem minhas reclamações :p
Se você acha que a saúde a educação do país estão um caos, lhe3s convido a conhecer um serviço de acolhimento em um município pessimamente administrado:
São mais de 20 pessoas largadas numa casa sem avaliação de um engenheiro por ser inadequada para moradia. Metade com doença psiquiátrica e outra metade idosa, nenhuma dessas no serviço correto.
Uma sala de atendimento técnico sem cadeiras, sem iluminação e sem ventilação, com uma gambiarra que pode pegar fogo a qualquer momento e matar todos aqui dentro (porque nenhuma dessas pessoas conseguiria fugir e não temos extintor para apagar quaisquer início de incêndio); Técnicas desamparadas e abandonadas (assim como os acolhidos), equipamento que não é considerado como prioridade (apesar de fazer parte da "alta complexidade"), por não haver processos abertos em promotoria ou juizado.
Ah, e não pense que não recorremos aos órgãos competentes, Diretoria regional, órgão de classe e sindicato todos nos disseram que não há saída a não ser recorrer a nossa secretaria...
Sendo assim, bem vindos ao caos e boa sorte pra que nunca precisem de um serviço desses.
Se você acha que a saúde a educação do país estão um caos, lhe3s convido a conhecer um serviço de acolhimento em um município pessimamente administrado:
São mais de 20 pessoas largadas numa casa sem avaliação de um engenheiro por ser inadequada para moradia. Metade com doença psiquiátrica e outra metade idosa, nenhuma dessas no serviço correto.
Uma sala de atendimento técnico sem cadeiras, sem iluminação e sem ventilação, com uma gambiarra que pode pegar fogo a qualquer momento e matar todos aqui dentro (porque nenhuma dessas pessoas conseguiria fugir e não temos extintor para apagar quaisquer início de incêndio); Técnicas desamparadas e abandonadas (assim como os acolhidos), equipamento que não é considerado como prioridade (apesar de fazer parte da "alta complexidade"), por não haver processos abertos em promotoria ou juizado.
Ah, e não pense que não recorremos aos órgãos competentes, Diretoria regional, órgão de classe e sindicato todos nos disseram que não há saída a não ser recorrer a nossa secretaria...
Sendo assim, bem vindos ao caos e boa sorte pra que nunca precisem de um serviço desses.
terça-feira, 1 de março de 2016
Continuando a novela...
Depois da irritação de sexta, conversei com a minha parceira de trabalho e resolvemos pedir uma reunião com a chefia. Surpreendentemente, nossa diretora aceitou a reunião sem nenhuma ressalva.
Quando chegamos hoje, basicamente, ela nos disse que não somos prioridade, que a situação ficará como está, porque ela tem processos para responder. Impossível não se exaltar. Como assim não somos prioridade? Vamos pra quatro meses sem energia na sala de atendimento técnico, e um processo que chega hoje é prioridade?
Claro, como a pessoa nada calma que sou, obviamente me exaltei: "então precisamos virar processo pra ser prioridade?". Não via mais nada, mas a encarregada que estava na reunião me contou posteriormente que a diretora ficou roxa, não sei se de nervosa ou de raiva, só sei que eu acho um absurdo essa situação e estou cansada de tudo isso.
Como resposta ela nos diz que cada processo a secretária paga de multa 40 mil. Primeiro que eu duvido, segundo que... 40 mil vale mais que a vida de 22 pessoas que estão acolhidas no serviço, é isso? Estamos numa casa com a fiação "estragada", que pode dar curto e causar um incêndio a qualquer momento, e, claro, não temos sequer extintor, metade dos nossos acolhidos são idosos, a outra metade é psiquiátrico, como eles esperam que tiremos todos da casa se o pior acontecer?
Então, é claro, falamos isso pra nossa diretora, e qual a respota? Pasmem. Ela responde que que os bombeiros não podem nos ceder extintores porque não temos avaliação do engennheiro (espera, fica pior) e não temos avaliação do engenheiro simplesmente porque ele diz que a casa está irregular e imprópria para moradia!!!!
Ou seja, o que estamos fazendo lá?!?!!
Não deveríamos ser defensores dos direitos deles?! Como 21 pessoas moram em uma casa irregular?!
Eu to chocada, cansada, irritada, não sei nem mais quais os nomes dos sentimentos... Já recorri a diretoria regional, sindicato, órgão de classe, imprensa...
Quando chegamos hoje, basicamente, ela nos disse que não somos prioridade, que a situação ficará como está, porque ela tem processos para responder. Impossível não se exaltar. Como assim não somos prioridade? Vamos pra quatro meses sem energia na sala de atendimento técnico, e um processo que chega hoje é prioridade?
Claro, como a pessoa nada calma que sou, obviamente me exaltei: "então precisamos virar processo pra ser prioridade?". Não via mais nada, mas a encarregada que estava na reunião me contou posteriormente que a diretora ficou roxa, não sei se de nervosa ou de raiva, só sei que eu acho um absurdo essa situação e estou cansada de tudo isso.
Como resposta ela nos diz que cada processo a secretária paga de multa 40 mil. Primeiro que eu duvido, segundo que... 40 mil vale mais que a vida de 22 pessoas que estão acolhidas no serviço, é isso? Estamos numa casa com a fiação "estragada", que pode dar curto e causar um incêndio a qualquer momento, e, claro, não temos sequer extintor, metade dos nossos acolhidos são idosos, a outra metade é psiquiátrico, como eles esperam que tiremos todos da casa se o pior acontecer?
Então, é claro, falamos isso pra nossa diretora, e qual a respota? Pasmem. Ela responde que que os bombeiros não podem nos ceder extintores porque não temos avaliação do engennheiro (espera, fica pior) e não temos avaliação do engenheiro simplesmente porque ele diz que a casa está irregular e imprópria para moradia!!!!
Ou seja, o que estamos fazendo lá?!?!!
Não deveríamos ser defensores dos direitos deles?! Como 21 pessoas moram em uma casa irregular?!
Eu to chocada, cansada, irritada, não sei nem mais quais os nomes dos sentimentos... Já recorri a diretoria regional, sindicato, órgão de classe, imprensa...
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Trabalhando na área social
Eu ia começar dizendo que eu não tenho o costume de reclamar no blog, mas quem eu quero enganar? Tenho sim o costume de reclamar no blog, e alias, na vida. haha
Como se já não bastasse os problemas intrínsecos do trabalho em serviço de acolhimento, por ser uma demanda de alta complexidade da assistência social, ultimamente a gente vem tendo que lidar com problemas operacionais que, além de travar o andamento do trabalho técnico, torna o dia a dia estressante.
Vamos ser mais concretos: serviço de acolhimento são os antigos abrigos, ou seja, é uma casa, e trabalho com pessoa que não tem mais pra onde ir, então moram por um tempo lá até de organizar para retomar a vida independente.
A sala da coordenação, onde atende eu, a assistente social e duas encarregadas, fica na parte da frente da casa, separada da parte de trás, onde ficam alguns quartos.
A casa é velha, bem velha. e dia 11/11/2015 a fiação simplesmente parou de funcionar na parte da frente da casa. Ou seja, ficamos sem energia, não tem luz, ventilação, computador, etc.
Maaaas, a chefia, é claro, continua cobrando os relatórios periódicos, e eu (nem nenhum outro funcionário) não quero usar o computador da secretaria, que é em outro prédio. Então foi puxada uma extensão onde ligamos ventilador e computador. Que após algum tempo estourou, saiu até fogo, derreteu uma tomada...
Chamaram um eletricista, que..... Puxou outra extensão! Ok. Estavamos "conseguindo" usar. Mas não podemos ligar muita coisa, então passamos calor do mesmo jeito.
Então hoje, recebemos ligação da chefe de gabinete dizendo que ia no equipamento. Achamos que era pra verificar a nossa situação, que ingenuidade.
O motivo da visita é: Verificar se as encarregadas estão escondento carne no freezer (que está na minha sala de atendimento... mas essa não é a preocupação dela)!!!!!!!!
Espera, fica pior. Ela estava a caminho, mas.... lembrou que estávamos sem luz, e como ela não pode passar calor (mas eu posso, né), não foi. Mandou (claro que não pediu, pra que pedir) as encarregadas fazerem uma listagem e levarem na salinha com ar condicionado dela....
Ah, só pra terminar, fiquei bastante irritada e liguei pro sindicato e diretoria regional, que me mandaram.... fazer soliticação a minha secretaria (coisa que já foi feita por escrita desde o ano passado). É, funcionário público não faz nada gente..........
Como se já não bastasse os problemas intrínsecos do trabalho em serviço de acolhimento, por ser uma demanda de alta complexidade da assistência social, ultimamente a gente vem tendo que lidar com problemas operacionais que, além de travar o andamento do trabalho técnico, torna o dia a dia estressante.
Vamos ser mais concretos: serviço de acolhimento são os antigos abrigos, ou seja, é uma casa, e trabalho com pessoa que não tem mais pra onde ir, então moram por um tempo lá até de organizar para retomar a vida independente.
A sala da coordenação, onde atende eu, a assistente social e duas encarregadas, fica na parte da frente da casa, separada da parte de trás, onde ficam alguns quartos.
A casa é velha, bem velha. e dia 11/11/2015 a fiação simplesmente parou de funcionar na parte da frente da casa. Ou seja, ficamos sem energia, não tem luz, ventilação, computador, etc.
Maaaas, a chefia, é claro, continua cobrando os relatórios periódicos, e eu (nem nenhum outro funcionário) não quero usar o computador da secretaria, que é em outro prédio. Então foi puxada uma extensão onde ligamos ventilador e computador. Que após algum tempo estourou, saiu até fogo, derreteu uma tomada...
Chamaram um eletricista, que..... Puxou outra extensão! Ok. Estavamos "conseguindo" usar. Mas não podemos ligar muita coisa, então passamos calor do mesmo jeito.
Então hoje, recebemos ligação da chefe de gabinete dizendo que ia no equipamento. Achamos que era pra verificar a nossa situação, que ingenuidade.
O motivo da visita é: Verificar se as encarregadas estão escondento carne no freezer (que está na minha sala de atendimento... mas essa não é a preocupação dela)!!!!!!!!
Espera, fica pior. Ela estava a caminho, mas.... lembrou que estávamos sem luz, e como ela não pode passar calor (mas eu posso, né), não foi. Mandou (claro que não pediu, pra que pedir) as encarregadas fazerem uma listagem e levarem na salinha com ar condicionado dela....
Ah, só pra terminar, fiquei bastante irritada e liguei pro sindicato e diretoria regional, que me mandaram.... fazer soliticação a minha secretaria (coisa que já foi feita por escrita desde o ano passado). É, funcionário público não faz nada gente..........
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tem um freezer na minha sala, sim |
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na verdade essa era pra ser minha sala, mas é um estoque... |
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essa é a sala das encarregadas, iluminadíssima |
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essa é uma das nossas cadeiras :D ótima pra quem ainda não tem problema na coluna (e quer problema na coluna) |
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e aí nossa gambiarra |
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Trabalho x Lazer
Esses dias, algumas pessoas da minha timeline do facebook, compartilharam um daqueles textos (nível Veja) que fala sobre como a geração Y é idiota. Porque são jovens que ganham salários exorbitantes mas são escravos do trabalho.
Por hora vou ignorar o caráter mega elitista do texto, que claramente só considera a população de alta renda como geração Y, de lado, e vou discutir uma parte que me deixou um pouco surpresa.
Vou ser sincera, estou com preguiça de pesquisar o texto agora, mas ele dizia que a geração Y era uma retardada, porque não se desligava do trabalho pra viver a vida. Que as empresas estavam explorando os funcionários porque eles se diziam felizes com o trabalho que faziam.
Pera lá, gente, uma coisa é o funcionário ser explorado pela empresa, isso é ruim sim, eu concordo, e precisa ser combatido; outra é gostar do que faz. Gostar do seu emprego não significa que você é um retardado.
É assim, eu não gosto dessa divisão trabalho x lazer. Que significa que seu trabalho é um saco, que você só o faz pelo dinheiro pra então viver a vida. Poxa, não tem nada de errado em se gostar do que faz, passar oito horas por dia num lugar insuportável só pra ganhar dinheiro pra pagar as contas, isso sim me parece loucura.
Não tem nada de errado em gostar do que se faz, pesquisar, estudar e "não desligar". Você pode sim ocupar seu tempo livre com "coisas do trabalho". É muito bom, inclusive. Uma das práticas que dá sentido a vida do ser humano é trabalhar, é se sentir útil, é fazer algo que se goste pra auxiliar no desenvolvimento da sociedade.
Está certo sim lutar contra a exploração dos trabalhadores, mas não é errado se gostar do que faz. Vamos sim gostar do nosso trabalho! Não podemos passar 30% do nosso dia, sendo que os outros 30% a gente dorme, em uma coisa que nos faz infeliz. A vida é feita pra ser vivida, aproveitada. Não pra seguir o protocolo da sociedade e trabalhar só pra pagar as contas...
Por hora vou ignorar o caráter mega elitista do texto, que claramente só considera a população de alta renda como geração Y, de lado, e vou discutir uma parte que me deixou um pouco surpresa.
Vou ser sincera, estou com preguiça de pesquisar o texto agora, mas ele dizia que a geração Y era uma retardada, porque não se desligava do trabalho pra viver a vida. Que as empresas estavam explorando os funcionários porque eles se diziam felizes com o trabalho que faziam.
Pera lá, gente, uma coisa é o funcionário ser explorado pela empresa, isso é ruim sim, eu concordo, e precisa ser combatido; outra é gostar do que faz. Gostar do seu emprego não significa que você é um retardado.
É assim, eu não gosto dessa divisão trabalho x lazer. Que significa que seu trabalho é um saco, que você só o faz pelo dinheiro pra então viver a vida. Poxa, não tem nada de errado em se gostar do que faz, passar oito horas por dia num lugar insuportável só pra ganhar dinheiro pra pagar as contas, isso sim me parece loucura.
Não tem nada de errado em gostar do que se faz, pesquisar, estudar e "não desligar". Você pode sim ocupar seu tempo livre com "coisas do trabalho". É muito bom, inclusive. Uma das práticas que dá sentido a vida do ser humano é trabalhar, é se sentir útil, é fazer algo que se goste pra auxiliar no desenvolvimento da sociedade.
Está certo sim lutar contra a exploração dos trabalhadores, mas não é errado se gostar do que faz. Vamos sim gostar do nosso trabalho! Não podemos passar 30% do nosso dia, sendo que os outros 30% a gente dorme, em uma coisa que nos faz infeliz. A vida é feita pra ser vivida, aproveitada. Não pra seguir o protocolo da sociedade e trabalhar só pra pagar as contas...
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Ovos pochê
Se tem uma coisa que me irrita é gente mesquinha; Uma coisa é negar algo que você tem pouco, outra, é negar por pura maldade.
Trabalho num serviço de acolhimento da prefeitura, os alimentos (como todo o resto) é provido pelo município, serviço de acolhimento é como um abrigo, é uma casa, então a gente supre as necessidades básicas daqueles que moram lá, ou seja, eles fazem as refeições lá (além de outras coisas), então temos uma cozinheira que trabalha lá, o equipamento funciona por plantões, todo mundo que trabalha lá, trabalha 12/36h, ou seja, trabalha 12h num dia, folga no outro, dia sim, dia não. Então, temos duas cozinheiras.
No geral, não tenho problemas com nenhum funcionário. Porque, apesar de tudo, não tenho problemas de relacionamento interpessoal, normalmente me integro a qualquer equipe.
Então essa semana uma das cozinheiras voltou de férias. E, como de costume, os funcionários também fazem as refeições no equipamento, comemos a mesma comida dos acolhidos. Até aí tudo bem.
Só que recentemente eu me tornei vegetariana, não como carne. Num certo dia a mistura era salsicha. Fui almoçar e notei que tinha uma outra panela separada, e era de ovos pochê, educadamente perguntei para a cozinheira se eu poderia pegar um pouco dos ovos. Ela respondeu que era a mistura da noite, expliquei que não comia carne. Então ela me disse "então que frite um ovo, porque a mistura está contada".
Ah, pera lá. está contado? Os funcionários da noite são menos que os do dia, sempre, eu repito, SEMPRE, etraga comida porque sobra e ninguém come, e ela me vem mandar eu fritar um ovo porque a mistura está contada?
E repito novamente, se tem uma coisa que me irrita é gente mesquinha. A comida não é dela, a comida não é comprada por ela. a comida não é pra ela.
O trabalho já não é fácil, é pesado. E tem gentinha que tem que arranjar problema?
Mas na hora de pedir doação porque tá faltando ingrediente ou outro eu sirvo. Né?
Eu estou sem luz desde novembro na minha sala, colocaram um freezer na minha sala, essa funcionária reclama que tem bolsa em cima do freezer, e diz que assim não pode trabalhar. PERAI TEM UM FREEZER NA MINHA SALA DE ATENDIMENTO. E voce me diz que não pode trabalhar porque tem uma bolsa no freezer, agora vem me negar uma porcaria dum ovo fervido?
Ah, mas cada merda que a gente tem que aturar em serviço público. Tá difícil, viu.
Trabalho num serviço de acolhimento da prefeitura, os alimentos (como todo o resto) é provido pelo município, serviço de acolhimento é como um abrigo, é uma casa, então a gente supre as necessidades básicas daqueles que moram lá, ou seja, eles fazem as refeições lá (além de outras coisas), então temos uma cozinheira que trabalha lá, o equipamento funciona por plantões, todo mundo que trabalha lá, trabalha 12/36h, ou seja, trabalha 12h num dia, folga no outro, dia sim, dia não. Então, temos duas cozinheiras.
No geral, não tenho problemas com nenhum funcionário. Porque, apesar de tudo, não tenho problemas de relacionamento interpessoal, normalmente me integro a qualquer equipe.
Então essa semana uma das cozinheiras voltou de férias. E, como de costume, os funcionários também fazem as refeições no equipamento, comemos a mesma comida dos acolhidos. Até aí tudo bem.
Só que recentemente eu me tornei vegetariana, não como carne. Num certo dia a mistura era salsicha. Fui almoçar e notei que tinha uma outra panela separada, e era de ovos pochê, educadamente perguntei para a cozinheira se eu poderia pegar um pouco dos ovos. Ela respondeu que era a mistura da noite, expliquei que não comia carne. Então ela me disse "então que frite um ovo, porque a mistura está contada".
Ah, pera lá. está contado? Os funcionários da noite são menos que os do dia, sempre, eu repito, SEMPRE, etraga comida porque sobra e ninguém come, e ela me vem mandar eu fritar um ovo porque a mistura está contada?
E repito novamente, se tem uma coisa que me irrita é gente mesquinha. A comida não é dela, a comida não é comprada por ela. a comida não é pra ela.
O trabalho já não é fácil, é pesado. E tem gentinha que tem que arranjar problema?
Mas na hora de pedir doação porque tá faltando ingrediente ou outro eu sirvo. Né?
Eu estou sem luz desde novembro na minha sala, colocaram um freezer na minha sala, essa funcionária reclama que tem bolsa em cima do freezer, e diz que assim não pode trabalhar. PERAI TEM UM FREEZER NA MINHA SALA DE ATENDIMENTO. E voce me diz que não pode trabalhar porque tem uma bolsa no freezer, agora vem me negar uma porcaria dum ovo fervido?
Ah, mas cada merda que a gente tem que aturar em serviço público. Tá difícil, viu.
domingo, 7 de fevereiro de 2016
Ciúmes
Bom, normalmente eu sou uma pessoa feliz que dorme de cobertor todos os dias porque tem ar condicionado no quarto, mas hoje estou desprovida dessa regalia, porque meu pai mandou ele pra limpar :(
Então, estou aqui de regata e short, suando e tomando chopp de vinho do estoque da minha mãe pro carnaval. Fiz meus stalks do dia, e não fiquei com o já convencional ciúme. quer dizer, não tanto quanto sempre, já que esse final de semana entrou pro ranking de melhores finais de semana da minha vida.
Às vezes eu acho que todo ciúme que não senti a minha vida toda, estou sentindo de uma vez. Já fui completamente confiante em um relacionamento e descobri que tinha chifres que não me deixavam passar pela porta. Mas continuei confiante na vida. Porque uma pessoa não tem culpa do que outro idiota fez de errado, né? Alias, se vai me trair, olha, faz direito, porque se eu descobrir, adeus.
Mas, por outro lado, também nunca senti tanto amor. Então, eu acho, que é de se esperar que o ciúme, pelo menos enquanto que acostumo com esse sentimento, é normal. Não vou romantizar patologia, ciúme não é normal não, não é fofo e, não é saudável. Principalmente em excesso quando vira controle excessivo. Mas, agora mais do que nunca, entendo o que é querer ser dona de alguém; Não só dona de agora, mas do passado, presente e futuro: é meu, meu e meu.
É foda. Na maior parte das vezes eu me controlo.
Porque, se conhecer não é não ter mais ciúme, se conhecer é saber quando o sentimento é uma falha sua e não do outro, e não obrigá-lo a suprir uma patologia sua. É reconhecer, respirar, contar até 10, 50, 100, infinito, e esperar passar, pedir colo, carinho e paciência, mas saber que é uma carência sua e não erro do outro.
Eu sei que sou uma namorada foda, sério mesmo. Companheira, amiga, amante. Dedicada, carinhosa e madura. E que pra ficar comigo tem que ser foda também, e sério, uma pessoa de sorte. Mas sempre tem aquele ponto fraco... Aquele que só de você pensar dói, mas não dói só emocionalmente, dói tanto que chega a sentir fisicamente.
E o meu é aquela menininha ruiva. É. Aquela que eu apaguei o post, e que, se precisar, eu apago de novo, mas que, de vez em quando me faz bem externar, me faz bem falar sobre aquele sentimento que ainda não consegui elaborar. Ela é aquilo que nunca vou ser. Linda, magra, cobiçada. Parte daquelas coisas que ele faz parte, que eu tento entender e nunca consigo.
Não, não se sinta mal. esse tipo de sentimento vem de dentro. É carência, Insuficiência. insegurança. E você não precisa disso. Eu não preciso disso.
Força.
Está tudo um mar de flores, e vai continuar enquanto você for forte e segura.
Foram os melhores finais de semana da minha vida. Melhores dias de semana também. Melhores momentos, horas, segundos, minutos. E vão continuar sendo.
Então, estou aqui de regata e short, suando e tomando chopp de vinho do estoque da minha mãe pro carnaval. Fiz meus stalks do dia, e não fiquei com o já convencional ciúme. quer dizer, não tanto quanto sempre, já que esse final de semana entrou pro ranking de melhores finais de semana da minha vida.
Às vezes eu acho que todo ciúme que não senti a minha vida toda, estou sentindo de uma vez. Já fui completamente confiante em um relacionamento e descobri que tinha chifres que não me deixavam passar pela porta. Mas continuei confiante na vida. Porque uma pessoa não tem culpa do que outro idiota fez de errado, né? Alias, se vai me trair, olha, faz direito, porque se eu descobrir, adeus.
Mas, por outro lado, também nunca senti tanto amor. Então, eu acho, que é de se esperar que o ciúme, pelo menos enquanto que acostumo com esse sentimento, é normal. Não vou romantizar patologia, ciúme não é normal não, não é fofo e, não é saudável. Principalmente em excesso quando vira controle excessivo. Mas, agora mais do que nunca, entendo o que é querer ser dona de alguém; Não só dona de agora, mas do passado, presente e futuro: é meu, meu e meu.
É foda. Na maior parte das vezes eu me controlo.
Porque, se conhecer não é não ter mais ciúme, se conhecer é saber quando o sentimento é uma falha sua e não do outro, e não obrigá-lo a suprir uma patologia sua. É reconhecer, respirar, contar até 10, 50, 100, infinito, e esperar passar, pedir colo, carinho e paciência, mas saber que é uma carência sua e não erro do outro.
Eu sei que sou uma namorada foda, sério mesmo. Companheira, amiga, amante. Dedicada, carinhosa e madura. E que pra ficar comigo tem que ser foda também, e sério, uma pessoa de sorte. Mas sempre tem aquele ponto fraco... Aquele que só de você pensar dói, mas não dói só emocionalmente, dói tanto que chega a sentir fisicamente.
E o meu é aquela menininha ruiva. É. Aquela que eu apaguei o post, e que, se precisar, eu apago de novo, mas que, de vez em quando me faz bem externar, me faz bem falar sobre aquele sentimento que ainda não consegui elaborar. Ela é aquilo que nunca vou ser. Linda, magra, cobiçada. Parte daquelas coisas que ele faz parte, que eu tento entender e nunca consigo.
Não, não se sinta mal. esse tipo de sentimento vem de dentro. É carência, Insuficiência. insegurança. E você não precisa disso. Eu não preciso disso.
Força.
Está tudo um mar de flores, e vai continuar enquanto você for forte e segura.
Foram os melhores finais de semana da minha vida. Melhores dias de semana também. Melhores momentos, horas, segundos, minutos. E vão continuar sendo.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Saldo de 2015
A primeira vista pode parecer estranho eu postar uma lista dessa agora.
Mas é que ontem, em uma reunião de equipe, tive um feedback muito legal da minha parceira do trabalho, que me fez refletir um pouco.
Na minha primeira lista de saldo de 2015, eu não escrevi só coisa positiva como na que postei no snapchat (lorrainepl), eu tinha colocado na minha lista que não estava satisfeita com o meu trabalho, de fato, satisfeita eu não estou, mas ontem ouvi uma frase que me fez refletir, no meio da reunião (que era pra outro intuito), minha colega de trabalho comenta que gosta muito de mim e que apesar de não termos nos entendido no começo, agora estávamos nos dando bem, deixando o serviço amarrado e com maior cumplicidade.
Eu, sinceramente, não tinha notado, ainda tinha aquela sensação estranha de que ela me via como assistente e que não estava satisfeita com o meu trabalho, mas depois que ela disse isso, me pus pra pensar... Realmente, no começo, ela passava menos tempo conversando ou no celular, estava sempre falando do trabalho, e no mês que passou, ouvi ela me perguntar mais de uma vez o que tinha pra fazer ou então dizer que estava se sentindo mal por não ter feito nada. De fato, o trabalho está mais engrenado.
Demorou, e vou ser honesta, ainda não concordo plenamente com todas as atitudes, mas estamos convivendo melhor e nunca mais passei a raiva que passei um dia por ouvir ela dizer que eu fico de braços cruzados. Então posso mudar minha concepção e colocar o trabalho como ponto positivo (apesar de ter vários negativos).
Então vamos lá, saldo de 2015:
~ Viajei para a Europa
~ Mantive amizades do CRAS
~ Conheci o Vinicius (graças a amizades anteriores) e me apaixonei como nunca achei que me apaixonaria
~ Conheci um pouco da cultura dos Estados Unidos, fui paras os parques da Disney e Universal
~ Fiz uma viagem de navio pela primeira vez
~ Fiquei ruiva
~ Virei vegetariana
~ Comecei a me preparar para começar a atender em consultório
~ Me entendi com gente que achei que não me entenderia
~ Lutei mais pelos meus direitos
E as metas (isso eu não tinha feito, vou improvisar haha)
~ Ser mais confiante e feliz comigo mesma
~ Estudar e ler mais
~ Escrever mais
~ Ser mais organizada
~ Tentar engrenar em atendimento clínico
~ Fazer algum exercício
PS: Normalmente eu faço uma retrospectiva literária com todos os livros que li no ano... Ainda tenho isso anotado, quem sabe não o faça. :c Fica pra próxima
Mas é que ontem, em uma reunião de equipe, tive um feedback muito legal da minha parceira do trabalho, que me fez refletir um pouco.
Na minha primeira lista de saldo de 2015, eu não escrevi só coisa positiva como na que postei no snapchat (lorrainepl), eu tinha colocado na minha lista que não estava satisfeita com o meu trabalho, de fato, satisfeita eu não estou, mas ontem ouvi uma frase que me fez refletir, no meio da reunião (que era pra outro intuito), minha colega de trabalho comenta que gosta muito de mim e que apesar de não termos nos entendido no começo, agora estávamos nos dando bem, deixando o serviço amarrado e com maior cumplicidade.
Eu, sinceramente, não tinha notado, ainda tinha aquela sensação estranha de que ela me via como assistente e que não estava satisfeita com o meu trabalho, mas depois que ela disse isso, me pus pra pensar... Realmente, no começo, ela passava menos tempo conversando ou no celular, estava sempre falando do trabalho, e no mês que passou, ouvi ela me perguntar mais de uma vez o que tinha pra fazer ou então dizer que estava se sentindo mal por não ter feito nada. De fato, o trabalho está mais engrenado.
Demorou, e vou ser honesta, ainda não concordo plenamente com todas as atitudes, mas estamos convivendo melhor e nunca mais passei a raiva que passei um dia por ouvir ela dizer que eu fico de braços cruzados. Então posso mudar minha concepção e colocar o trabalho como ponto positivo (apesar de ter vários negativos).
Então vamos lá, saldo de 2015:
~ Viajei para a Europa
~ Mantive amizades do CRAS
~ Conheci o Vinicius (graças a amizades anteriores) e me apaixonei como nunca achei que me apaixonaria
~ Conheci um pouco da cultura dos Estados Unidos, fui paras os parques da Disney e Universal
~ Fiz uma viagem de navio pela primeira vez
~ Fiquei ruiva
~ Virei vegetariana
~ Comecei a me preparar para começar a atender em consultório
~ Me entendi com gente que achei que não me entenderia
~ Lutei mais pelos meus direitos
E as metas (isso eu não tinha feito, vou improvisar haha)
~ Ser mais confiante e feliz comigo mesma
~ Estudar e ler mais
~ Escrever mais
~ Ser mais organizada
~ Tentar engrenar em atendimento clínico
~ Fazer algum exercício
PS: Normalmente eu faço uma retrospectiva literária com todos os livros que li no ano... Ainda tenho isso anotado, quem sabe não o faça. :c Fica pra próxima
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Mudei o endereço de novo sim
Mudei o endereço do blog pra Lorrainepinheiro, depois mudei de volta pra lorrainekiwi, não, eu não estou louca nem sou bipolar.
Esse ano eu peguei meu diploma de neuropsicóloga e fiz solicitação pra adicionar a especialidade ao meu registro, depois de protelar algum tempo e com todo apoio e paciência das pessoas que gostam de mim, resolvi começar a atender.
Lógico que não foi rápido assim que nem esse meu resumo, primeiro minha mãe conversou com uma prima dela, que foi um amor de pessoa, depois eu fiz cartões de visita junto com a Vitória, que, diga-se de passagem, tem ótimo gosto e escolheu um modelo LINDO.
Aos poucos fui distribuindo pra amigos e depois da indicação de uma delas, fiz meu primeiro atendimento em consultório essa semana que passou. Sei que parece pouco, mas pra mim foi um grande passo :)
Ah, comecei falando uma coisa, mas parece que agora é outra, né? Mas não, é que como eu comecei a atender, pensei em fazer um blog com o meu nome mesmo pra disponibilizar alguns textos de minha autoria sobre o tema, e me adiantei pra não haver confusão de blog pessoal/profissional.
Aaaapesar de ser totalmente contra essa coisa de vida pessoal/profissional, porque, no meu humilde ponto de vista, uma coisa é continuidade da outra e essa divisão entre prazer e trabalho atualmente é bem doentia.
É mais pra dividir os textos mesmo :)
Esse ano eu peguei meu diploma de neuropsicóloga e fiz solicitação pra adicionar a especialidade ao meu registro, depois de protelar algum tempo e com todo apoio e paciência das pessoas que gostam de mim, resolvi começar a atender.
Lógico que não foi rápido assim que nem esse meu resumo, primeiro minha mãe conversou com uma prima dela, que foi um amor de pessoa, depois eu fiz cartões de visita junto com a Vitória, que, diga-se de passagem, tem ótimo gosto e escolheu um modelo LINDO.
Aos poucos fui distribuindo pra amigos e depois da indicação de uma delas, fiz meu primeiro atendimento em consultório essa semana que passou. Sei que parece pouco, mas pra mim foi um grande passo :)
Ah, comecei falando uma coisa, mas parece que agora é outra, né? Mas não, é que como eu comecei a atender, pensei em fazer um blog com o meu nome mesmo pra disponibilizar alguns textos de minha autoria sobre o tema, e me adiantei pra não haver confusão de blog pessoal/profissional.
Aaaapesar de ser totalmente contra essa coisa de vida pessoal/profissional, porque, no meu humilde ponto de vista, uma coisa é continuidade da outra e essa divisão entre prazer e trabalho atualmente é bem doentia.
É mais pra dividir os textos mesmo :)
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Are you the one
No geral, eu costumo me achar uma pessoa "culta", eu leio bastante e me considero bastante inteligente; mas, não vou negar, de vez em quando eu adoro assistir umas besteiras na televisão, e meu canal preferido é a MTV.
Aqueles realities shows doidos são os meus preferidos, e esse mês, estreou o "Are you the one Brasil 2", que eu acabei perdendo o primeiro episódio, mas já vi o segundo algumas vezes.
Esse reality consiste numas doideras da emissora, eles jogam 20 pessoas dentro de uma casa e dizem que fizeram ~vários testes~ com muitos profissionais e que lá dentro estão o "par ideal" para todas elas, e que, se elas acharem, vão dar meio milhão pra elas (pra dividirem entre si, a MTV não tá rica assim pra dar isso pra cada um),
Até aí "tudo bem", assisti o anterior e já achei super divertido (apesar de, obviamente fútil, mas o que esperar desse tipo de programa?), esse de agora parece também muito legal. As propagandas mostram partes engraçadas de diálogos. Eu assisti o americano (no qual eles eram absurdamente burros comparados aos brasileiros) e tiveram cenas engraçadas, por exemplo, com duas semanas de casa pessoas falando que estão absurdamente apaixonadas e não conseguem largar a pessoa.
Gente, pera lá, duas semanas?
Deixa eu explicar, a cada semana eles participam de uma cerimonia onde escolhem os pares e sabem quais estão certos por uns faróis que acendem. No meio da semana tem umas provas em que os casais ganhadores vão pra uma cabine da verdade e aí aparece lá se o casal combina ou não (lembrando que é segundo os testes da MTV).
Aí nesse episódio que eu vi que eu queria demaissss comentar, é que um casal entrou na cabine da verdade vestido de noivos, SIM, vestidos de NOIVOS, na segunda semana, VESTIDOS DE NOIVOS.
Eu sou uma pessoa muito cética, não tenho religião, não acredito em Deus, não acredito em destino, nem em amor à primeira vista, nem em signos, nem em nada de humanas, a não ser que sou de humanas. Mas gente, não me usando como exemplo, mas em duas semanas vc querer entrar num ligar vestido de noivos... Sério, vamos fazer uma análise, uma terapia, qualquer coisa, mas isso, não. Sério.
Eu acredito que a gente tem que ser verdadeiro e se abrir pras pessoas, ser aberto a relacionamentos, a sentimentos, a emoção. Mas entrar numa cabine que diz se vc é compatível ou não com alguém vestidos de NOIVOS é inapropriado, principalmente depois de conhecer a pessoa por apenas duas semanas. Sério, calma. Não confunda carência com amor.
E pra finlizar, não é porque uma menina é bonita e gosta de algumas coisas que vc gosta que ela é seu "par ideal". Beijos.
Aqueles realities shows doidos são os meus preferidos, e esse mês, estreou o "Are you the one Brasil 2", que eu acabei perdendo o primeiro episódio, mas já vi o segundo algumas vezes.
Esse reality consiste numas doideras da emissora, eles jogam 20 pessoas dentro de uma casa e dizem que fizeram ~vários testes~ com muitos profissionais e que lá dentro estão o "par ideal" para todas elas, e que, se elas acharem, vão dar meio milhão pra elas (pra dividirem entre si, a MTV não tá rica assim pra dar isso pra cada um),
Até aí "tudo bem", assisti o anterior e já achei super divertido (apesar de, obviamente fútil, mas o que esperar desse tipo de programa?), esse de agora parece também muito legal. As propagandas mostram partes engraçadas de diálogos. Eu assisti o americano (no qual eles eram absurdamente burros comparados aos brasileiros) e tiveram cenas engraçadas, por exemplo, com duas semanas de casa pessoas falando que estão absurdamente apaixonadas e não conseguem largar a pessoa.
Gente, pera lá, duas semanas?
Deixa eu explicar, a cada semana eles participam de uma cerimonia onde escolhem os pares e sabem quais estão certos por uns faróis que acendem. No meio da semana tem umas provas em que os casais ganhadores vão pra uma cabine da verdade e aí aparece lá se o casal combina ou não (lembrando que é segundo os testes da MTV).
Aí nesse episódio que eu vi que eu queria demaissss comentar, é que um casal entrou na cabine da verdade vestido de noivos, SIM, vestidos de NOIVOS, na segunda semana, VESTIDOS DE NOIVOS.
Eu sou uma pessoa muito cética, não tenho religião, não acredito em Deus, não acredito em destino, nem em amor à primeira vista, nem em signos, nem em nada de humanas, a não ser que sou de humanas. Mas gente, não me usando como exemplo, mas em duas semanas vc querer entrar num ligar vestido de noivos... Sério, vamos fazer uma análise, uma terapia, qualquer coisa, mas isso, não. Sério.
Eu acredito que a gente tem que ser verdadeiro e se abrir pras pessoas, ser aberto a relacionamentos, a sentimentos, a emoção. Mas entrar numa cabine que diz se vc é compatível ou não com alguém vestidos de NOIVOS é inapropriado, principalmente depois de conhecer a pessoa por apenas duas semanas. Sério, calma. Não confunda carência com amor.
E pra finlizar, não é porque uma menina é bonita e gosta de algumas coisas que vc gosta que ela é seu "par ideal". Beijos.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Deixar de lado
Faz tempo que não escrevo muito. Ano passado, quando fiz as metas pra 2015, uma delas era escrever mais, no começo deu certo, depois fui largando.
No começo de 2016, eu não fiz metas, mas fiz uma listinha de coisas aleatórias em que melhorei, mudei, ou que simplesmente me marcaram. Ia postar... Mas por algum motivo deixei de lado.
Aí esses dias tive muita vontade de escrever muita coisa, e acabei deixando de lado.
Uma vez eu comecei a escrever um "livro" com situações que me marcaram no trabalho, adivinha? Deixei de lado.
Desculpas eu arranjo várias, mas nunca tenho certeza se estou justificando pra alguém ou pra mim mesma.
Eu queria não precisar de aprovação, queria ser mais confiante, queria não ser engolida pela rotina ou pela correria. Que correria? Olha eu me desculpando de novo, me desculpando pelo quê? Não tem ninguém me cobrando.
Ou tem todo mundo me cobrando? Sou eu mesma me cobrando?
Do meu lado tem um planner de janeiro, vazio. Vou pegar o de fevereiro e deixar em cima da mesa.
Daqui a pouco eu vou acabar me deixando de lado...
domingo, 24 de janeiro de 2016
Pizza...
Quando eu acho que meu pai chegou no limite do desrespeito, me surpreendo; ontem, foi comemoração de boas de pérola, e além de me pedir pra terminar lembrancinhas deles, que deu um puta trabalho enquanto eles dormiam, DORMIAM. Hoje, meu pai pediu pizza, não pediu nenhuma vegetariana, e quando as pizzas chegaram, me pede pra arrumar a mesa e pergunta se eu vou ficar na mesa com eles. AH CLARO, EU VOU FICAR OLHANDO OS OUTROS COMER, SONHO DA MINHA VIDA. Ah, pra completar ele queria que eu ligasse pra pedir a pizza deles, claro. Porque sou a escravinha dessa merda.
Depois de passar o dia inteiro triste, vamos lá fechar com chave de ouro.
Que saco.
Eu não entendo como alguém pode achar normal tratar uma pessoa dessa forma, cada dia uma falta de respeito, cada dia mais uma demonstração de escrotisse. Eles tem dinheiro, sou obrigada a aceitar tudo e não posso ter opinião própria que aí sim é desrespeito né. Me mandar catar bacon do arroz pra comer não é desrespeito, claro que não. Desrespeito é eu existir.
Depois de passar o dia inteiro triste, vamos lá fechar com chave de ouro.
Que saco.
Eu não entendo como alguém pode achar normal tratar uma pessoa dessa forma, cada dia uma falta de respeito, cada dia mais uma demonstração de escrotisse. Eles tem dinheiro, sou obrigada a aceitar tudo e não posso ter opinião própria que aí sim é desrespeito né. Me mandar catar bacon do arroz pra comer não é desrespeito, claro que não. Desrespeito é eu existir.
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