quinta-feira, 27 de junho de 2013

Pra que lado fica o mundo dos adultos?

Quando eu era pequena sempre me falaram que quando fosse adulta as coisas seriam diferentes, que adultos se preocupam com coisas diferentes, que eu não ia mais me olhar no espelho e me sentir feia, que as espinhas somem e, principalmente, que as amizades ficam diferentes.

Minha mãe tem uma amigona, daquelas que eu sei que é bem amiga dela, que quando ela liga até eu fico feliz de ouvir a voz dela porque sei que ela genuinamente quer saber como está a família.

Agora eu queria saber pra que lado eu tenho que ir pra chegar nesse lugar, sabe, porque eu estou com 25 anos e as coisas parecem exatamente iguais. A diferença é que eu trabalho e não peço dinheiro pros meus pais. Mas tá tudo lá ainda, as inseguranças, a falsidades e as "infantilidades", ou será que agora elas são "adultilidades"? Será que teria que mudar de nome?

Eu, mais que qualquer um, sei bem que dá pra crescer sem deixar de lado nossa criança interna (até externa), a gente pode sim trabalhar, pagar as contas e cuidar do próprio nariz e ainda gostar de desenho animado, videogame e fitinhas no cabelo. Mas... E as coisas que machucam? Por que tem que continuar existindo? A gente não tinha que atingir um nível de maturidade em que você não faria pros outros o que você não quer pra você? Em outras palavras, não era pros adultos serem maduros o suficientes e ter empatia pelo próximo?

Eu não sei, eu realmente tento cada dia mais entender o outro, mas parece todo mundo tão no seu  mundinho. Talvez eu que tenha alguma coisa que afaste as pessoas mesmo.

Quer saber? Eu desisto de ter amigos, pelo menos daqueles que a gente tem quando é criança, que pode confiar seu diário e as figurinhas do Pokémon, isso vai ficar guardado pra mim, talvez seja esse o caminho do lugar dos adultos, talvez a gente realmente tenha que deixar algumas coisas de criança pra trás.


domingo, 23 de junho de 2013

De saco cheio com a minha pele

Ah, eu sei que não deveria ficar triste com isso, na teoria eu sei que não é uma coisa que "importa", mas é é uma coisa que me chateia muito. Vocês não tem ideia de como é frustrante cuidar todo dia direitinho da pele, limpar e usar cremes certos todos os dias, não dormir de maquiagem, deixar os pinceis limpos, usar produtos pro meu tipo de pele, tudo oil free. Comprar sabonetes, demaquilantes, tudo pra pele oleosa e com acne, gastar dinheiro com isso e melhorar por alguns dias e depois voltar :c

Isso enche o saco, frustra, irrita e às vezes me deixa bem triste, porque eu sei que não é desleixo, e aí eu vejo gente que só faz coisa errada com a pele e tá lá com ela lisinha. Poxa :/

Já cansei, às vezes dá vontade de parar de cuidar, se cuidando fica ruim, não cuidando... Deve dar no mesmo. Arg.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Diálogo - Grupo de Atualização CadÚnico

Trabalho num CRAS, Centro de Referência de Assistência Social, e a maior procura é pelo Bolsa Família.
E lá, é obrigatório que as responsáveis familiares participem de um grupo, no qual há uma palestra explicativa sobre o benefício, a quem se destina. Após, todas passam por referenciamento individual pra sabermos se ainda possuem perfil para receber o benefício.

Numa dessas...

- E por que a senhora não trabalha?
- Deus não me mandou um trabalho.
- Deus não costuma mandar trabalho na casa dos outros, talvez se a senhora for ao PAT, lá tem vagas todas as semanas.
- Se Deus não mandou eu não vou trabalhar.

(Algumas perguntas e diálogos que não vem ao caso)

- Então a senhora depende do Bolsa Família pra tudo?
- Sim.
- E se explodisse alguma coisa no governo e a Bolsa fosse cancelada, como vc compraria comida?
- Deus ia me mandar comida.
- Ah, ia chover comida na sua casa?

Não digo que são todas assim. Mas eu realmente espero que ela tenha o benefício cortado, queria ver chover comida. Espero que sejam cupcakes.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Minha experiência!

Ainda que breve, estou há pouco mais de um mês em um equipamento do governo, trabalho no CRAS, significa Centro de Referência de Assistência Social.

Sou psicóloga, sabe tudo aquilo de psicologia social que você tem na faculdade? Na prática não é bem isso, na verdade, a gente preenche um montão de CadÚnico e tem pouquíssimos acompanhamentos, que seriam os PAIFs.

Tem muito muito muito potencial, muita gente boa mesmo e qualificada (não quero entrar muito do outro lado, porque também tem gente com pouco conhecimento e muito achismo). O problema é que a cidade é toda errada, toda torta. Quando eles dizem "que chique, você é de Santos", eu dou risada. Mas realmente, São Vicente é pra lá de uma cidade bagunçada: onde tem lombada não tem sinalização, onde tem sinalização não tem a lombada.

Mas tem por onde, hoje estive numa conferência na câmara, onde a circular passada a todos os presentes, além de estar com erros nas datas (que provavelmente a culpa vai pro coitado/a do jovem aprendiz que digitou o texto, contudo, é claro, estava assinada pela diretora e secretária), estavam com diversos erros de ortografia: os acentos eram crases, às vezes o hífen estava lá, às vezes não, e quando estava, havia espaços em excesso, além de siglas em minúsculo, "Suas"... Minhas o quê?

Aí eu, como sempre, chata, aponto alguns erros, e também com "TOC" os corrijo com a minha caneta, logo ouço "Lorraine, como você é detalhista!". Mas ué, se está errado tem que arrumar, não é? Ou deixa assim mesmo? Não tem problema...

Mas será que não? Logo penso, deve ser por isso que a cidade está do jeito que está, se está errado não tem problema, deixa assim. Isso foi com um texto, mas poderia ter sido com outra coisa, oras se não? "Essa placa está errada, a lombada é mais pra frente"; "deixa assim, está quase no lugar certo".

Engraçado, pra não dizer triste, se a pessoa que é formada, educada, concursada, não se preocupa com tais "errinhos", quem vai se preocupar? E o pior, quem vai consertar?

domingo, 2 de junho de 2013

Netflix

Há um tempo que minha irmã convenceu minha mãe a assinar o netflix. E algumas vezes me perguntam se vale ou não a pena, o que eu acho, vale sim a pena pra quem está procurando assistir séries antigas e filmes clássicos/alternativos. Mas realmente não vale a pena se você já assina alguma tv e já tem o costume de assistir algum canal de filmes e está procurando só os lançamentos da vida.

Não é uma HBO gente, que só passa os famosões clichês de Hollywood, não isso não é uma crítica, às vezes um clichêzinho faz bem pra gente voltar a confiar no mundo ahahahha Mas eu, particularmente, gosto mais de filmes alternativos/independentes. E disso a Netflix até que tem bastante, mas também, provavelmente são filmes mais baratos pra eles comprarem os direitos.

Vou começar a escrever algumas resenhas dos filmes que venho assistido na hora de dormir, então me senti na obrigação de já de antemão dizer se eu acho que vale ou não a pena o Netflix!


sábado, 1 de junho de 2013

Vícios

Odeio frases clichê, mas há uma linha tênue entre paixão e vício.

Sabe, qualquer coisa que dá prazer ao homem pode se tornar um vício, não só os mais conhecidos alcoolismos e usuários de drogas, mas qualquer coisa que te faz bem pode se tornar um vício. Chocolate é gostoso, mas imagina se você ficasse o dia inteiro comendo chocolate e não saísse, estudasse ou trabalhasse? Além das óbvias consequências a sua saúde, provavelmente ficaria sem amigos, sem namorada e talvez até sua família desistisse de te ajudar se fosse um problema bem sério.

É isso que acontece com qualquer coisa. Se for dosado e não afetar outras áreas da sua vida de modo a prejudicá-las não se torna vício. Uma colega de trabalho minha tem nove gatos, isso mesmo nove, mas em nenhum momento em que conversei com ela pareceu que eles prejudicavam outras áreas de sua vida, com certeza afetam, pois são muitos gatos, provavelmente uma grande parte de sua renda é gasta com isso, mas nem por isso ela deixa de cuidar dela mesma e frequentemente fala com muita ternura de seu filho, e obviamente, se é minha colega de trabalho, isso não afetou sua vida produtiva. Então, apesar de ser um vício não se tornou uma doença propriamente dita.



Cabe a cada um conseguir olhar pra si mesmo e se auto julgar e perceber se os vícios e paixões prejudicam outras áreas da vida.