quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Assistencialismo

- Está todo mundo amontoado, nem sequer tinha lugar para todos.
- Mas não era um número fixo de pessoas? - perguntei, incrédula.
- Sim, eram. Mas aparentemente foi mal planejado, porque mudaram de última hora o lugar. - ele respondeu.
- E o que estão falando?
- Ah, falaram de Deus, e estão tratando todos como coitados, os carentes que precisam se humilhar pra ter comida no natal.
- Lamentável.

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Quando eu cheguei na assistência social, tínhamos uma diretora (assistente social) que não sabia diferenciar serviço social de assistencialismo. Mandava sacos de roupas e nos dizia que tínhamos que ligar para os usuários para buscarem as doações.

Não entendia pra que contratavam gente com nível superior, concursados, pra fazer distribuição de roupa, inclusive algumas vinham em péssimas condições, ainda tinhamos que organizar, separar...

Depois chegou uma nova direção, que parecia mais preparada, criticou a postura da direção anterior, pois não somos ONGs que doam pra familias carentes, somos técnicos que trabalham e fortalecem a família para que ela consiga evoluir na vida.

E agora de final de ano o que fazem? Aceitam doação de cestas básicas sem critério algum, apenas para doar e fazer propaganda de uma empresa que ajuda as coitadas das famílias carentes.

Quando a gente começa a evoluir, desmorona tudo.

E hoje passei o dia estudando pra mais concursos, porque claramente, a cidade atual não tem salvação :(

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