Estava nervosa, mais uma vez se envolvendo com alguém. Sempre que vê casais passam flashes de relações passadas, daquelas que não deram certo. E agora pra confiar?
Relacionamentos são complicados, se a gente não tivesse que ficar vulnerável pra participar deles, seria mais fácil. Mas não é assim, a gente tem que ser sincero, contar nossa vida e nossos medos, nossas inseguranças. Se não fosse assim, de nada adiantaria, e a mesma graça não teria, a ansiedade, o frio na barriga antes de ver a pessoa, e o sorriso de lembrar dos momentos juntos, só acontecem porque nos deixamos conhecer, nos deixamos tocar, não só a pele como a alma.
Se entregar é a parte mais gostosa, mas não deixa de ser a parte mais a que mais pode te machucar depois, se abrir, se deixar ser conhecida.
Às vezes as pessoas mais discretas e sombrias acabam nos trazem fascínio, mas elas mesmas não se veem assim; são entediantes, feias e estranhas. Impassíveis de serem penetradas, antissociais.
A gente anseia por se relacionar, por amar, por fazer dar certo, e acaba sabotando as coisas sozinhas. Não existe certeza, não existe destino, não existe encaixe perfeito. Tudo que acontece de repente, pode deixar de existir com a mesma velocidade. Combinar a intensidade com razão, sem deixar de lado o sentimento, estar ciente dele, dar distância quando necessário, eleve-se da situação. É tudo um ciclo, esperar que as coisas mudem fazendo a mesma coisa é doença mental.
Ai, ai, textos e pensamentos aleatórios, Freud ficaria orgulhoso.
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