quarta-feira, 31 de julho de 2013

O mundo paralelo das famílias em vulnerabilidade social

Sabe, eu sempre morei com meus pais numa "família estruturada", terminei o ensino médio, fiz faculdade, faço pós graduação, entreguei currículos, trabalhei de carteira assinada, fiz concurso público, sou funcionária pública. Bastante normal, né? SÓ QUE NÃO.

Eu sempre achei que fosse normal, que tudo o que eu fiz todo mundo fazia, ou pelo menos a maioria das pessoas, é nesse mundinho que a gente vive né? Nesse que a gente vê na televisão essas famílias que chamam de carentes, que falam que temos que ter dó, que doar roupas, comida e fazer programas com gente famosa pra arrecadar dinheiro.

Aí você vai trabalhar na assistência social e não sabe bem o que é isso, as explicações são que você vai fazer PAIF, trabalhar com as famílias que estão no programa bolsa família, coordenar projetos estaduais. No começo te ensinam a preencher cadastros e mais cadastros, e ler regras e mais regras, condicionalidades, renda per capita e como classificar as famílias em pobreza e extrema pobreza.

Depois que você acostuma com todas as nomenclaturas difíceis que mudam de ano em ano, e que seu cerebelo já aprendeu a preencher tudo no automático, você começa a ouvir as pessoas por trás da renda per capita. Nessa hora você aprende as diferentes realidades das famílias em vulnerabilidade social, que você sai da sua casa quentinha e confortável e em 40 minutos você tá num lugar onde as casas inteiras cabem no seu quarto e pessoas que sonham em ficar ricas sem fazer nada. Que também veem na televisão uma realidade que não entendem muito bem. Daquelas pessoas ricas das novelas que simplesmente não fazem nada o dia inteiro e o dinheiro tá lá pra comprarem tudo e qualquer coisa. Aqueles jogadores de futebol que saíram "da comunidade" porque dão um chute bonitinho.

Ninguém mostra na televisão as realidades na realidade, sabe?

Gente que tá lá na estatística de pobreza não precisa de caridade não, precisa de acesso a educação, saúde e emprego; precisa aprender que não é jogando futebol que vai ficar rico e melhorar de vida, que pra melhorar de vida tem que estudar e trabalhar... e dar duro! Porque a gente que tá do lado de cá, dá duro sim, não é porque tem celular de ponta que ele caiu do céu, eu também parcelei em 12 vezes que nem eles fazem nas Casas Bahia.

Deixando de lado as exceções que conseguiram ganhar na mega sena ou que já nasceram herdeiros da fortuna dos Hilton, nós pobres mortais temos que TRABALHAR, batalhar e dar duro pra conseguir o que queremos.

Não me leve a mal, eu acho sim que a distribuição de renda é absurdamente errada, que realmente tem gente que tem força de vontade mas não tem oportunidade de crescer, ou de conseguir um ~super~ emprego que ganhe mais de 3 dígitos do lado esquerdo da vírgula; Mas que a gente tem muito que caminhar pra ensinar pra algumas pessoas que elas podem sim ser produtivas e que não deveriam se contentar em viver só da gorjeta que o governo dá pra elas todo mês, mas que mereciam ser economicamente independentes e viver de forma digna!


segunda-feira, 29 de julho de 2013

O valor de um VT

Já comentei que trabalho num Centro de Referência de Assistência Social, a maior parte dos atendimentos é PAIF (Proteção e Atendimento Integral da Família) e são beneficiários do Programa Bolsa Família.

Hoje atendi uma mãe e sua filha; Obviamente seus nomes e demais informações são confidenciais. A mãe M., tinha que excluir sua filha F. de seu cadastro, pois apesar de ela não precisar mais da bolsa, precisava atualizar o cadastro único para excluir sua filha que agora mora na casa dos fundos com mais dois filhos.

F. mora num barraco, apenas um cômodo, as paredes são de madeira, o chão é de terra mesmo (não há cimento, muito menos piso), e não possui um banheiro próprio, utiliza o da mãe, assim como a energia e a água, frutos de ligação clandestina.

M. fez sua atualização, excluindo devidamente de seu cadastro os filhos que haviam se mudado. Foi uma ótima mãe, fez e ainda faz tudo que pode, conseguiu manter todos os seus filhos na escola até terminarem o Ensino Médio, o que já é raro nos meus atendimentos.

F. não pediu ajuda, não pediu cesta básica, não pediu nada; o que também já é muito diferente da maioria das famílias acostumadas com o assistencialismo. Contou sua história de forma objetiva: tem dois filhos, um de 4 anos e outro de 2, o mais novo nasceu sem um rim e faz tratamento desde o nascimento na cidade vizinha, contudo seu médico não a encaminhou para fazer a carteirinha para conseguir o transporte gratuito, pois, segundo ele, este "benefício" é somente para deficientes.

Na conversa F. me informou que está procurando emprego, tem experiência como balconista, mas está com dificuldades de conseguir um emprego fixo, com carteira assinada. Perguntei se já havia deixado seu currículos nos centros e shoppings mais próximos e também no PAT. Disse que já deixou no centro da cidade, mas não sabia onde podia deixar na cidade vizinha.

Após preencher seu Cadastro único, solicitei que assinasse as folhas específicas e disse que ia pegar "uma coisa" e já voltava.

Quando voltei, entreguei 5 cartões pra ela e disse:

- 1 pra ir ao centro deixar seu currículo no shopping de São Vicente, outro pra deixar no shopping de Santos, mais um pra você ir no PAT e esses outros 2 você guarda pra ir no Hospital fazer o tratamento do seu filho.
- O que é isso? - perguntou F.
- São Vales transporte, cada cartão tem uma passagem de ida e uma de volta.

F. chorou e sua mãe disse:

- Não falei que você ia achar uma pessoa boa pra te ajudar! Não desanima que tudo vai melhorar!
(...)

domingo, 28 de julho de 2013

Diana ❤

 5 meses de diferença, será que ela cresceu?

 A Diana chegou aqui em Fevereiro, bem pequenininha e assustada. Esperamos uns dias e com um pouco de dificuldade a Vitória escolheu o nome dela em homenagem a Diana de Sailor Moon.

Já ouvi falar que o gato escolhe seu dono, e ela me escolheu, é visível que ela é mais carinhosa comigo em casa do que com qualquer um, e eu amo isso!

Ela sabe quando eu preciso de um carinho, e está sempre pronta pra deitar no meu colo e pedir carinho, e é claro me dar carinho <3

É muito amor!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mais um!

Eu to fazendo alguns vídeos e tentando ver como fica melhor, basicamente fazendo testes com lugar de câmera, maquiagem, horários, músicas, etc. :)


O primeiro ficou com algumas imagens travadas :/

Acabei ocultando ele, fiquei com vergonha haha

Provavelmente em breve eu ocultarei esse também!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Chame do que quiser...

Estou meio melancólica, talvez saudosista :( Quem sabe deprimida?

E quando você já tentou pedir desculpas, já tentou conversar, além de já ter deixado claro que certas pessoas são importantes e significam bastante pra você e mesmo assim não conseguir retorno?

Tem gente que ~não faz falta~, eu não gosto de dizer isso, porque não é uma pura verdade, porque na verdade todo mundo que já teve importância na minha vida, faz sim falta, mas eu sei que as pessoas mudam, não digo pra melhor ou pior, mas sei que mudam e muitas vezes seguem caminhos diferentes, mesmo que eu sinta saudade, eu entendo e, aceito.

Mas algumas coisinhas fazem falta, muita falta mesmo. Será que eu desapego um dia?


domingo, 14 de julho de 2013

Eu não sou perfeita! (Really?)

Pode parecer uma frase óbvia pra muitos, mas pois é, eu não sou perfeita, eu sei que tem gente que descobriu "da pior maneira", mas é a mais pura verdade! :O

Eu estava encucada esses dias com o meu dom de ~perder amigos muito bons~, mas hoje eu fiquei irritada, já perdi a contagem  de quantas vezes eu já ouvi "você não é perfeitinha que nem eu achava que era!" UÉ, mas desde quando eu sou obrigada a ser perfeita?

Se ferrar, eu nunca disse que sou perfeita, alias porque eu não sou perfeita, inclusive, NINGUÉM É. Que coisa ridícula, agora os outros colocam seres humanos em pedestais e do nada eles são obrigados a realmente ser o que os outros achavam que você era?

Poxa vida né, eu erro, e inclusive eu erro bastante! Assim como todo mundo, eu sei que é chato, eu sei que teve bastante gente que errou comigo e eu fiquei bem brava, mas quando acontece da pessoa pedir desculpa eu sempre perdoei, lógico que não é num passe de mágica, eu tenho noção que não vivemos em contos de fadas (até por isso eu também já notei que as personagens da vida real não são príncipes e princesas), eu dou tempo ao tempo,  sempre dei.

Agora eu queria saber quem foi que começou com essa história de que eu não posso errar, por que não? Não que eu erre de propósito né, mas acontece, eu não nasci no Olimpo, eu nasci em São Bernardo do Campo, uma simples ser humana, caramba!

Mas que saco esse negócio de me colocar num pedestal, eu erro sim e ponto final.

Agora se eu não posso seguir em frente porque tem gente que não aceita desculpas não tem problema, eu posso ir na diagonal também, só não volto atrás; Mas se quiser encontrar em algum cruzamento comigo, seja bem vindo.


quinta-feira, 11 de julho de 2013


Comprei um tripé pra tomar vergonha na cara e começar a gravar vídeos ahahhaha Meu "primeiro" foi a parte 1 da minha coleção de sapatos, começando pelos sapatos baixos e sapatilhas :))

Eu não sou boa em edição de vídeo, nem tenho nenhum editor profissional, mas tentei fazer um vídeo fofo, e com participação especial da minha gatinha Diana hahah



Coloquei o primeiro entre aspas porque também fiz um Get ready with me, é que eu não achei que ficou muito bom, por isso estou contando somente o Shoe collection!

Mas é esse:


O shoe collection eu me inspirei no vídeo da Marzia, que eu a-do-ro:


domingo, 7 de julho de 2013

Estranhamente...

De tempos em tempos acontecem coisas estranhas na minha vida que eu nunca sei bem como explicar!


Esses dias eu acho que "perdi" duas pessoas que eu considero muito, claro que não foi de uma hora pra outra e nunca que eu vou deixar de amar e considerar, mas gosto de ser sincera comigo mesma e admitir essas coisas.


Antes de trabalhar na prefeitura, eu trabalhava de analista de denúncias, e umas das colegas que me auxiliou uma hora começou a me "copiar", começou a não aceitar algumas coisas, retrucar quando falavam algo que ela não gostava, e até fez mechas parecidas com as minhas no cabelo; era visível que ela havia mudado.

Agora neste emprego notei também que tenho "fãs", não que eu goste de chamar assim, mas foi a única palavra que me veio a cabeça, uma vez chegaram a me chamar na sala pra falar alguns assuntos e saber a minha opinião, só pela forma que eu falo e as palavras que eu uso, ouço coisas assim "não fala nada, espera que eu quero ouvir o que ela vai falar".

Fico lisonjeada até com isso, até fico imaginando se eu sou realmente tão interessante assim! Às vezes eu até acredito! :P Será que deveria ser uma youtuber famosa logo? SAHUASHU Acho que falta eu ser bonita pra isso :c


Obs.: O blog é meu e se eu quiser coloco imagens que não fazem sentido com o texto sim!