terça-feira, 19 de maio de 2015

Mas o que

Às vezes eu não sei se eu que sou uma bagunça ou se o mundo é uma bagunça.

O que é o certo e o errado? Ninguém é de todo bom ou de todo ruim. E naquela hora, naquele momento, as coisas podem parecer certas, e depois simplesmente não.

Quando a gente é mais novo, acha que vai crescer e ficar super inteligente e saber a resposta de tudo, mas quanto mais velho a gente fica, menos respostas tem.

 Nunca me cai a ficha que sou adulta, como assim adulta? Só porque trabalho e pago contas? Como assim me dei bem na vida? Novamente, porque trabalho e pago minhas contas? Porque viajei pro exterior, porque passei em concurso público? Será?

Eu não sei. Não sei de nada, nunca sei de nada. Se eu fosse um símbolo seria uma eterna interrogação. :c

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Arquétipo da Summer

Eu estava conversando sobre aquela série do netflix que as pessoas voltam depois de algum tempo mortas (The Returned), e eis que surge o assunto do triângulo amoroso.

É assim, um rockeirinho namorava uma menina e eles iam casar, ela fica grávida, ele morre. Supõe-se que ele se matou. Ela está noiva de outro cara, que é absurdamente apaixonado por ela, aí o rockeirinho revive. E ele, óbvio, é mega apaixonado por ela ainda.

Que me lembrou o triângulo amoroso do What If, aquele filme fofo com o Daniel Radcliffe que se apaixona pela menina que já namora, fica um tempo na friendzone, mas depois os dois ficam juntos.

Que por sua vez, é claro, me lembrou de 500 dias com ela. Que independente de quantas vezes a Summer diz que não quer um relacionamento, o Tom põe na cabeça dele que ela está tão apaixonada por ele quanto ele por ela.

Que me levantou a questão do arquétipo da Summer. Se você não sabe o que é arquétipo, eu poderia ser má e mandar você pesquisar no google, mas eu também não sabia explicar direito e persquisei. Arquétipo é o primeiro modelo/impressão sobre algo.

Arquétipo da Summer, pra mim, é aquela pessoa que aparece do nada na sua vida e parece combinar em tudo e que vocês vão ser felizes pela eternidade. É aquela pessoa que é incrível, inteligente e misteriosa. Todo mundo tem um/uma summer, e quase em toda história tem uma personagem assim.

A minha única pergunta, é por quê? Porque o ser humano fica insistindo nessas histórias, nesses relacionamentos e nessas pessoas, quando elas já provaram ser uma bagunça ambulante?

Por que, depois da pessoa errar várias vezes, o outro continua insistindo em achar aquela pessoa tão perfeita? A gente é programado pra ser assim? Inexoravelmente apaixonado pelo inalcançável?

É sério, o que a menina do The Returned tanto tem que os dois são doidos pra ficar com ela pro resto da vida? Mesmo ela sendo maluca e traindo eles....

O que a menininha tortinha do What If tem, que o Daniel Radcliffe tem que ir atrás dela? Sério, só dela.

E a Summer? O que ela tem de tão especial?

O que eu tenho de especial?

Além das personagens serem bonitas e emocionalmente indisponíveis no momento em que são conhecidas pelos mocinhos, eu não vejo nenhum atributo que as tornem únicas. Sinceramente, tem tanta gente no mundo que deve ter outra menina/o por aí.

Será que é pelo valor da conquista? Da cura? De curar o coraçãozinho das moças perdidas? De ser o príncipe encantado que vai salvar as princesas do monstro interior?

domingo, 3 de maio de 2015

Eu e o John Green

Eu sou chata, absurdamente chata, e do contra, mesmo que às vezes de sem querer. E John Green virou modinha depois daquele filme (que até agora eu não vi) "A Culpa é das Estrelas".

E eu realmente não pretendia ler nenhum livro dele. Só que ontem de madrugada eu acabei de ler "Quem é você Alasca?" e bem, Não tem nenhum outro livro dele que eu não tenha lido... Então eu resolvi que tinha que explicar a mim mesma o motivo.

Foi assim, eu li uma resenha de "Todo Dia" no site da Mel e fiquei interessada no livro, que é uma graça. História simples de entender combinando epifanias adolescentes e algumas palavras difíceis. Aí resolvi ler as notas do autor no final, e vi que o David Levithan, é amigo do John Green.

Então por culpa do David, eu conheci o John. Porque resolvi dar uma chance pra aquele livrinho azul que tinha na estante da minha irmã. E não! Eu não gostei, sinceramente mesmo. A personagem principal, a menina com câncer, é chata. Simplesmente isso. O romancezinho é sem graça.

Mas aí, meu amigo me emprestou "Will e Will" que é do David com o John, e é melhorzinho. Então resolvi dar uma chance pros outros livros.

Com exceção a "A culpa é das estrelas", todos os livros do John tem a mesma história: o menino esquisito que conhece uma menina incrível, linda, inteligente e misteriosa, e claro, popular, mas que no fundo acha o grupo dos populares fúteis e no final fica com o menino esquisito. Mas, se todas as histórias são iguais, por que raios eu li todos os livros dele?

Porque, e agora vem a parte difícil de admitir, ele escreve bem. Sim todas as histórias tem a essência exatamente igual, mas a doçura com que ele escreve me fez ler um livro atrás do outro. Pronto, é essa a explicação...

E "Quem é Você Alasca?" já deveria ter virado filme. Não "A Culpa é das Estrelas", por que todo mundo ama gente nova com doenças graves? E muito menos "Cidades de Papel", que eu tenho certeza que só está sendo gravado porque eles estão doidos pra filmar uma invasão ao Sea World.

Bom, acho que então, obrigada David por me apresentar ao John.